Faltam 23 dias para o final de 2019, um ano que começou com grandes expectativas para a agenda econômica de um novo governo. De fato, houve avanços, como a aprovação da reforma da previdência, mas também várias frustrações. O que prevalece nas últimas semanas?
“Vai ser o melhor fim de ano do que pensávamos até meados de julho, quando vivemos um cenário muito mais problemático na economia”, diz Rodrigo marcelo pinheiro, sócio do consultor de investimentos Monte Bravo.
Nesse momento, o que importava era que a tramitação da reforma da previdência se estancara na Câmara dos Representantes, e que se aprovaria em outubro.
Pouco depois, a equipa económica apresentou três emendas constitucionais chamadas o pacote Mais Brasileiro. Outras propostas de mudança, como a reforma fiscal, ainda precisam sair do forno. De todos modos, há pouco tempo hábil para que avancem este ano.
O principal fator de risco interno para a economia brasileira neste momento é precisamente a vontade do Congresso de promover agendas fiscais e de produtividade, de acordo com a avaliação do banco de crédito suisse.
“Pelo lado positivo, os líderes do Congresso são capazes de aprovar uma ampla agenda de medidas favoráveis ao mercado. No lado negativo, a procura de uma salimiento de normas fiscais ou agendas legislativas alternativas (por exemplo, a luta contra a corrupção) pode desencadear uma mudança no foco do Congresso da agenda econômica”, diz um relatório bancário publicado a este respeito. – Semana.
No assoalho do carro de reforma, o Ministro da Economia Paulo Guedes disse em uma entrevista com o antagonista esta semana que o tempo e o equilíbrio do processo são complicados.
“Se andar muito rápido pode ter um risco político, mas se você anda sem tanta calma, o que aconteceu com Macri, que foi tão lentamente que perdeu a seguinte (escolha)”.
Estes são os principais eventos que importam para a economia brasileira para o final de ano:
O projeto pretende estabelecer pontos de referência para a regulação dos serviços no setor, já que defende “estimular a livre concorrência, a competitividade, a eficiência e a sustentabilidade econômica na prestação de serviços”.
Pelo texto, as empresas privadas que tenham interesse na prestação de serviços de saneamento devem assinar um contrato de concessão.
O mercado está interessado na agenda, entre outras razões, porque a sua aprovação permitiria privatizar empresas como a Sabesp, de São Paulo, ou Copasa, de Minas Gerais. “Este movimento levaria dinheiro na Bolsa, já que os dois estão cotadas”, diz André Perfeito, economista-chefe da corretora Necton.
Quando o texto teve sua urgência aprovada em novembro, o presidente da câmara, Rodrigo Maia, disse que “os governadores sabem que sem um novo marco, sem a abertura de capital, não poderão arrecadar fundos para o setor”.
A aprovação do Pl também enviaria um sinal positivo aos investidores estrangeiros sobre as intenções declaradas do governo de promover as privatizações. “Lá fora, dar o sinal de que você é a favor da privatização não é suficiente. Você tem que começar a colocá-lo em prática”, diz Rodrigo Franchin, de Monte Bravo.
“As actas podem indicar o que esperar na primeira reunião do próximo ano. Deve indicar se o bc continuará o ciclo de queda, dependendo do estímulo, ou se lançará um banho de água fria no mercado, no caso de que sugira que este será o último corte”, diz marcelo pinheiro.
Além disso, a posição da instituição sobre a inflação, há outras questões em jogo nesta reunião, diz André Perfeito, porque a economia entrou em uma fase diferente no último trimestre do ano.
A ação da instituição, no entanto, não foi suficiente para conter a subida da moeda, que deve seguir como um ponto de atenção do mercado financeiro.
“O dólar é uma variável importante para a economia. Afeta as exportações, pode afetar a inflação. E, como a taxa de câmbio é muito volátil, um choque ainda pode jogá-lo para cima ou baixo demais, e muito rápido”, diz Marcel Balassiano, pesquisador da área de Economia Aplicada do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre/FGV).
Em um comunicado, os Ministérios da Economia, das Relações Exteriores e da Agricultura, disse que o governo brasileiro já está em contato com autoridades norte-americanas sobre o assunto.
Mas resta ver como responderá o Brasil da ameaça de Washington.
“Já é conhecido por o governo que estas PECs económicos somente serão discutidos e votados em fevereiro”, disse Simone Tebet
A Pec dos Fundos e a Pec do Pacto Federativo estão à espera de serem analisados pelo relator da Comissão de Constituição e justiça.
No caso do Pec de Emergência Fiscal, o relator da proposta, concluiu o parecer sobre a questão, que se lê na quarta-feira (04), na CCJ do SENADO, mas a sessão teve que ser adiada até a próxima semana.
O mesmo atraso aplica-se às propostas importantes e avançadas que foram iniciativa da própria Legislatura, como o SGP paralelo e as reformas fiscais.
martes, de 10 de dezembro de 2019