A transformação digital gera economia de quase R$ 350 milhões ao governo

O governo analisou cerca de 500 serviços, este ano, e começou a permitir que se realizarão operações completas em Internet ou móveis, como por exemplo pedidos de aposentadoria, licença maternidade, licença de trabalho digital e a carteira de vacinação Internacional. A estimativa é que, ao oferecer digitalmente, os documentos, as economias para os cofres públicos alcançam R$ 345,42 milhões, com uma redução de funcionários e papéis.

O setor responsável pela emissão do Certificado Internacional de Vacinação na Agência de Vigilância Sanitária (ANVISA), por exemplo, o número de funcionários dedicados a atender as cerca de 2.000 pedidos por dia diminuiu de 700 a 95 depois que o documento a ser emitidos através da Internet.

Na lista de serviços digitalizados, que chegou a 486 artigos na sexta-feira passada, 29, também há licenças e permissões destinados às empresas. É possível, por exemplo, pedir autorização para a importação de produtos de origem animal, para revenda a varejo de combustíveis e até mesmo a obtenção de licenças de minerais.

“O governo tem tido historicamente uma presença caótica na Internet, existem mais de 1.500 sites terminados em ‘gov.br’. Queremos um governo único e integrado para o cidadão. Se é multado por uma rodovia federal, por exemplo, não tem que acessar vários sites web e descobrir por sua conta, se quem resolve o problema é a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) ou o Ministério de Infra-estrutura”, disse Luis Felipe Monteiro, Secretário do Governo Digital do Ministério da Economia.

Metas

Depois que o governo oferecesse 109 novos serviços digitalmente em 2018, Monteiro disse que o objetivo para este ano era adicionar 400 artigos mais – que foi superado – e, para 2020, outros 600. “O objetivo é que, em 2022, todos os serviços ‘digitizables’ são realizados através da Internet”, acrescentou.

Este objetivo já foi alcançado no INSS, onde, de acordo com o secretário, tudo o que se podia oferecer, através da Internet, já foi digitalizado. Na agência, é possível solicitar 96 serviços diferentes, como um pedido de pensão, uma prestação de assistência, experiência médica ou denunciar acidentes de trabalho.

Na digitalização priorizaron os serviços com maior volume de demanda, como o livro de trabalho digital. Neste caso, só era possível digitalizar após a chamada medida provisória de liberdade econômica se transforma em lei.

Perante as reclamações de acesso e dificuldades, Monteiro disse que o principal desafio agora é fazer com que os sistemas governamentais “falem” e troquem informações com os estados e municípios. Também citou o desejo de automatizar a concessão de benefícios sem que o cidadão tenha que solicitá-las. Isto pode ser feito, por exemplo, através da concessão da licença de maternidade, que pode ser automática depois de registrar um bebê no notário.

Na lista de varreduras em desenvolvimento também se encontram a identidade digital, que se espera que se faça no projecto-piloto no próximo ano, através de registros biométricos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e licenças ambientais automatizados.

Sem cuidados uniformes

O relatório estatal ouviu um relatório de usuário e testou alguns dos serviços digitais oferecidos pelo governo este ano. Os experimentos combinam as solicitações atendidas em minutos e outras sem resposta em meses.

O engenheiro Bernardo Bahia, de 60 anos, decidiu se aposentar no primeiro semestre do ano, porque queria antecipar a reforma das pensões. Conheceu a aplicação My INSS em julho, através de um amigo de seu filho, que foi consultado no momento. “Pedi a aposentadoria. No dia seguinte, a aplicação calculou todas as contribuições de todas as empresas em que trabalhei. Minha aposentadoria saiu no mesmo dia, quatro horas depois”, disse.

Morador de Juiz de Fora (MG), Bahia, que continua atuando como empresário, disse que os estados e municípios também devem aumentar a oferta de serviços digitais. “Aprovar um projeto de engenharia na prefeitura é um nascimento. É hora de que as agências públicas façam investimentos em aplicações”, acrescentou.

No entanto, o pedido de reforma feita pelo relatório estatal não foi satisfeita. O pedido foi feito no dia 24 de agosto, antes da promulgação da reforma, o Congresso, quando o texto ainda não recebeu o apoio dos senadores.

O relatório ficou uma semana, de segunda-feira a sábado, tentando fazer o pedido, todos os dias, em momentos diferentes, mas o site estava sempre fora do ar ou não levava os documentos para comprovar o tempo de trabalho.

Desde que aceitou o pedido de aposentadoria, não houve mais comunicação do INSS. Durante mais de três meses, só aparece o aviso no site de que o pedido está em análise.

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