A colheita de soja será menor em 2019, em comparação com 2018, mas o milho será recorde, diz IBGE

DINHEIRO — Como deve evoluir PEC Emergencial no Senado?

ORIOVISTO PARIS-É — De fato, ainda não foi discutido no Senado. Eu já fiz um estudo sobre a Pec. Tem 89 interferência com a Constituição. Nem tudo são mudanças constitucionais. É uma palavra aqui, outra acolá, uma alteração em um artigo de lá. Fiz uma tabela e coloquei como está o texto de hoje na Constituição, que o PEC propõe e, em uma terceira coluna, escrevi a diferença entre as duas coisas. Depois de terminar esta análise, solicitaré na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), que celebrara audiências públicas. Quero trazer, pelo menos, um governador, um prefeito e especialistas em economia. Certamente, o PT convoca alguém para falar contra também. Se celebramos todas as audiências na mesma semana, nos dias seguintes, teremos audiências públicas e informá-lo-emos ao CCJ.

DINHEIRO — Quanto tempo deve tomar isso?

Receber propostas de emendas e destaques. Se eu ganhar tudo isso em duas semanas, em cerca de 15 dias apresentarei o meu relatório final e acredito que dentro de 30 dias terei o relatório final aprovado na ccj. Portanto, o texto vai para a sala do Senado. Mas não é necessário votar em 2019, porque este PEC entra em vigor quando aprovada. Assim que ela vai para a Câmara e eu acho que em um mês será aprovada. O PEC será lei por volta de março ou abril do próximo ano.

DINHEIRO — como O governo trata o PEC como prioridade total?

O governo enviou três PECal ao Senado. Isso, Emergência, por seu nome, já pode saber a importância do seu conteúdo. Está lidando com uma situação de emergência fiscal. Também sou o autor do Plano Plurianual, que devo aprovar até o final deste ano. Foi feito pelo Ministério do Planejamento, que já não existe. Este plano descreve a previsão total de receitas, despesas e investimentos do governo para os próximos quatro anos. São os três anos que faltam para o governo de Jair Bolsonaro e o primeiro ano do próximo presidente. Um dado importante é que a cada ano do governo de Bolsonaro vai acabar com o déficit primário. Isso significa que, mesmo sem pagar um centavo de juros da dívida interna, o governo continuará fazendo um déficit de R$ 100 bilhões, após R$ 70 bilhões e, depois, de R$ 35 bilhões por ano. A consequência disso é uma dívida que cresce a cada ano pela soma dos déficits e a acumulação de juros. Embora a taxa de juros é muito baixa, o governo paga R$ 350 bilhões por ano em juros. Depois de tudo, nós temos uma dívida de mais de R $ 5 bilhões. Ou seja, o governo paga mais de R $ 1 mil por dia de interesse. É por isso que o governo está enfrentando uma emergência.

DINHEIRO — É possível reverter esse cenário com a PEC?

Seria aceitável que o governo deva entre 40% e 45% do PIB. Mas o Brasil deve chegar ao final do mandato do presidente com uma dívida de 83%. Se você não mudar a curvatura dessa dívida, não haverá investimento e não sairemos deste brutal desemprego. PEC cria uma nova cultura em que os gestores públicos. Nossos governantes lançam o jogo e deixam a conta para o próximo pagamento. Destrói o país.

DINHEIRO — Quais são os principais pontos do projeto?

Um dos passos é criar um conselho para examinar periodicamente a situação fiscal do país e dos estados. É composto pelos presidentes da República, o Tribunal Federal Superior (STF), o Senado e a Câmara e os ministros dos tribunais de contas. Os governadores podem ser convidados. Haverá uma polícia mútua. Os gerentes podem tomar medidas quando a situação fiscal de um participante comece a acender a luz vermelha, se o bem-estar e o gasto pessoal estão pegando quase todos os orçamentos. Neste contexto, as possibilidades incluem a redução da carga de trabalho e o salário do funcionalismo público. Só o governo federal gasta R$ 350 bilhões na folha por ano. Se reduz a uma hora e 30 minutos de escritório, economizaria R$ 70 bilhões.

DINHEIRO — o Que mais você quer incluir no pec?

Tenho que ouvir aos meus companheiros ou não posso aprovar o texto. Mas devo incluir pessoalmente uma medida para reduzir os salários do Presidente da República, senadores, deputados e juízes. Não creio em um líder que envie soldados para a guerra e fica em casa e beber uísque. Se você quer fazer um sacrifício para o futuro do país (que se faça).

DINHEIRO — como Isso incentiva os gestores a evitar más situações fiscais?

Definitivamente. Se vamos ter a coragem de pedir ao empregado este sacrifício, é nossa obrigação participar. Outra emenda que quero incluir é um prêmio ao funcionalismo. Espero que os servidores entendam que o país é dirigido por uma corporação de funcionários. Eu quero passar um prêmio para que, quando uma entidade federada faça um superávit primário, 5% são destinadas a um bônus para os funcionários que ganham menos de quatro salários mínimos. Se o Brasil ganha R$ 1 bilhão no superávit primário e distribui 5% de isso, será de R$ 50 bilhões em 10 anos.

Como autora da pecta da prisão em segunda instância, você vê uma boa possibilidade de que aconteça?

Isso é renunciar à manga. Apresentei este PEC no dia 14 de fevereiro deste ano. Não é uma revanche contra Lula nem uma resposta da Corte Suprema. Isso tem que ser muito claro. Quando o fiz, a prisão, em segunda instância, foi um ponto pacífico. O próprio ministro Sérgio Moro, quando preparou o pacote anticorrupção, sabia que isso estava assinado jurisprudência da Suprema Corte e que já não mudaria. Mas eu pensei o contrário. A Suprema Corte mudou tantas vezes e poderia mudar de novo. E foi isso que aconteceu. Foi uma coincidência incrível. A minha PEC é o número 5. Logo que eu assumi, eu apresentei isso. Estava pensando sobre os traficantes, estupradores, o feminicídio, pessoas que atirou em uma mulher pelas costas. Em São Paulo, ocorreu o caso da jornalista (Pimenta Neves que matou a mulher e demorou 20 anos para ser presa. Não estava pensando apenas no colarinho branco. Dos mais de 190 países das Nações Unidas, nós somos uma exceção. Nós Somos os únicos que suporta tantos recursos. Precisamos de uma justiça mais rápida.

O PEC perde ou ganha força com a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão?

Minha preocupação com a liberação de Lula não é nenhuma. Seria posto em liberdade, de todos os modos, porque cumpriu um terço de sua sentença. Não fez pensar em A, B ou C. eu cuidei de consultar especialistas. Garanto que não há dano à cláusula da pelve. A gente, quando fala da cláusula da pelve, confunde ser considerado culpado de ser preso. São duas coisas diferentes. Tanto é assim que há uma prisão preventiva sem trânsito em julgamento e detenção provisória.

Ao final, em seu voto, o Ministro do stf José Antonio Dias Toffoli jogou a responsabilidade para o Congresso?

Isso foi o bem de seu voto. Não gostei do resto. Mas jogou para o Congresso foi ótimo. O Congresso tem que dar uma resposta. Já cosé com o presidente [do Senado] Davi Alcolumbre, quem eu queria pedir um Constituinte. Essa foi uma idéia que pensou que era melhor mais tarde. Não menos importante, porque não pôde enfrentar 43 senadores a favor da PEC. Ao ser aprovado, vai para a Casa e a população vai falar com os deputados. Eu acho que vai acontecer. Há um clamor da sociedade e o voto será nominal, o que o nome do deputado no painel.

Em termos gerais, qual a sua opinião do governo, especialmente da área econômica?

Eu gosto muito da atuação do Ministro Paulo Guedes. Tenho uma grande afinidade por pensar com ele. Fico feliz que tenhamos.

Quanto ao presidente, há críticas?

O presidente tem grandes qualidades. É simples, objetivo. Nomeou um ministério que, em geral, é muito bom. Mas, às vezes, cria crises que não são necessárias. Olha o episódio da esposa de Emmanuel Macron (Presidente da França), por exemplo. Por que fazer isso? Não precisava de uma tentativa de nomear o filho de seu embaixador nos Estados Unidos. Certos piadas e piadas não teriam que ser feitas. Mas também ganhou as eleições por isso. Não sou eu quem vai dizer como se comportar.

Se Moro solicita cargos eletivos, Seria Podemos fazer um caminho natural para ele?

Eu não posso acreditar que você seja um candidato para nada. Ele vem dizendo várias vezes. Basicamente, você só deberíaser um candidato para o ministro da Suprema Corte.

E o IPC de Lava Toga?

Assinei o IPC de lava toga, mas ela não se vai. Se ocorresse, seria bom até mesmo acabar com as suspeitas. Se o IPC se fosse, não seria uma crise. Seria uma forma de aprovar um certificado de boa conduta de todos eles. Para mim, muito mais importante do que o IPC de lava toga, é outra coisa…

… O que é?

O Senado aprovou na última legislatura, um projeto de lei do senador álvaro Dias que acaba com o foro privilegiado. Este projeto está nas mãos do prefeito Rodrigo Maia. Já foi aprovado por unanimidade na CcJ da Câmara. O que resta para se tornar lei? Que se vote. Tenho certeza de que será aprovado por unanimidade. Ninguém vai ter coragem de votar contra. Com isso, os congressistas com ações detidas na Suprema Corte terão suas ações em primeiro lugar. E depois as coisas se vão.

Você vai limpar a Suprema Corte também?

A Suprema Corte vai perder o seu protagonismo. Será muito mais fácil para o Congresso fazer um IPC. Isso não acontece hoje porque, por um lado, temos congressistas, dependendo do julgamento da Suprema Corte. E, por outro, o magistrado da Corte Suprema temia o julgamento dos congressistas. Isso presta atenção à separação de poderes. O fim do foro privilegiado seria algo fantástico.

Como vai a experiência política proveniente da empresa privada?

Está sendo muito bom. Fui a Brasília sem ter que estar lá. Não fazer uma carreira política ou ter mordomias. Fui trabalhar como voluntário. Tive um 1% de intenção de voto no Paraná, e terminei como o mais votado, com 13 milhões de votos. Tenho muitos ex-alunos. Sou bem conhecido no estado por ser reitor, pela empresa de computadores, a minha vida como homem de negócios. Deixei o grupo Positivo, que tinha 10.000 empregados nesse momento, e decidi que eu iria retirar. Mas eu não posso ficar parado.

Você poderia indicar essa função?

Deixo um convite para que outros empresários que nunca tenham se envolvido em política, façam o mesmo. Servir a um só mandato. Eu não vou fazer outra ordem. Não quero. Vou terminar este termo e tu já terminei o meu trabalho. Serão oito anos de trabalho voluntário e isso é o suficiente.

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