Entendendo o uso de moradias subutilizadas para fins sociais

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09/08/2024 20:02, atualizado 09/08/2024 20:02

Isso foi feito por meio de jornalistas que fazem parte do projeto Comprova, criado para combater a desinformação, do qual o Metrópoles faz parte. Saiba mais sobre este componente aqui.

Onde ele postou: TikTok.

Contextualizar Uma postagem no TikTok tira Guilherme Boulos (Psol), deputado federal e candidato a prefeito de São Paulo, fora de contexto durante a audiência realizada pela Folha/UOL em 12 de julho de 2024, quando ainda era pré-candidato. O artigo usa uma captura de tela do site Plena News, que afirma que “Boulos diz que, se eleito, poderá tomar casas para fins sociais”. O autor da postagem do TikTok acrescenta, acima da imagem, o conselho ao eleitorado paulistano para “abrir os olhos” e sugere que Boulos “já está ameaçando, acredite se vencer”.  

Durante a sessão, a jornalista Fabíola Cidral perguntou a Boulos se ele permitiria a profissão em prédios abandonados no centro de São Paulo. Na verdade, o candidato é coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), cuja uma de suas atividades é a profissão.

Ele responde: “A profissão está caindo porque a lei não é respeitada, vou respeitar a lei. Você sabe o que diz a lei sobre edifícios abandonados? O estatuto da cidade e a lei federal, aprovada em 2001, Fabíola, diz que os bens estão subutilizados, sem uso, abandonados – muitos desses prédios do meio estão abandonados há 20, 30 anos, criando uma falta de confiança no que passa através do complexo gerador de crime. e uso de drogas, falta de confiança, especialmente para as mulheres. A lei diz que se um prédio estiver vago deve ser notificado. Não cumpre uma função social e progressista do IPTU, que a prefeitura pode assumir para criar habitação social. É isso que vamos fazer com o prédio abandonado. Na verdade, alguns destes edifícios são públicos.

O trecho é citado no relatório que serviu de base para o conteúdo estudado.

Além disso, o então candidato afirma que, se for eleito, esta política começará pelos edifícios públicos abandonados, porque não há burocracia para eles na habitação social, como ocorre com a expropriação de bens pessoais.  

Confirma-o com a menção do Imóvel da Gente, o programa sindical do setor para a democratização do património introduzido em 2024 e coordenado através da Secretaria Sindical do Património do Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos (SPU/MGI).  

“O programa visa a alocação estratégica de moradias na União para priorizar políticas públicas, levando em consideração a função socioambiental, com discussão federativa e com a sociedade, em benefício da população”, diz a matéria publicada no site do Ministério da Gestão. e Inovação em serviços públicos. Durante a audiência, Boulos explica que esses conjuntos habitacionais podem ou não ser habitações sociais.

O Ministério da Gestão e Inovação nos Serviços Públicos explica que: “O Programa promove a atribuição de habitação da União à gestão pública e à sociedade civil organizada. Agências federais, governos estaduais e distritais, conselhos municipais e organizações da sociedade civil podem participar do programa.

Decreto nº 11. 929, que institui o programa, publicado no Diário Oficial da União no mesmo dia de seu lançamento, 26 de fevereiro de 2024, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.

O Estatuto da Cidade, discutido através de Boulos, assinado e assinado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Refere-se à lei que determina as diretrizes da política urbana, especificamente a regulamentação dos bens em prol do bem coletivo. Também traz à tona outras questões vitais, como os procedimentos para a elaboração do Plano Diretor e a gestão da cidade.  

Entre os problemas abordados pelo Estatuto está o da utilização do solo por meio do Estado para evitar a “retenção especulativa de bens urbanos, o que impacta na sua subutilização ou não utilização” (art. 2º inciso VI. ), tema abordados através do Estatuto. candidato.

Alguns dos instrumentos jurídicos e políticos previstos no Estatuto, a partir do artigo 4º, inciso V, para estes casos são: recurso à desapropriação, concessão de direito de uso, concessão de uso especial para habitação, adiantamentos, estrutura ou uso obrigatório . . e até IPTU progressivo ao longo do tempo.  

Assim, o segmento IV, art. 8º (sobre desapropriação com pagamento em caução), especifica que após “cinco anos de cobrança progressiva do IPTU, tendo o proprietário cumprido a responsabilidade legal de pagamentos, estrutura ou uso, o Município poderá prosseguir com a desapropriação do imóvel, com pagamento em depósitos”. promessas de dívida pública”.  

Há também o direito de preferência, em que o Estado tem preferência quando se trata de obter um bem em uma venda cara, ou seja, o proprietário tem interesse em transferir o título. Nessa aquisição, um dos usos imagináveis para o Estado ganhar o ativo é lançar um programa ou projeto habitacional popular.

Quando Boulos fala em “função social”, refere-se ao projecto de lei segundo o qual os activos urbanos devem responder aos anseios dos cidadãos em termos de qualidade de vida, justiça social e progressão das actividades económicas.  

Fontes consultadas: Consultamos a audiência realizada pela Folha/UOL com os pré-candidatos do SP, transmitida em 12 de julho de 2024 e publicada no YouTube, onde as cortinas utilizadas no vídeo viral indicavam que o discurso havia sido proferido graças à publicação. , pudemos conhecer a reação completa do candidato Guilherme Boulos e saber a fonte e o discurso. Verificamos também a Constituição Federal, o prestígio da cidade, a Lei nº 10. 257, de 10 de julho de 2001, para verificar se o que ela dizia estava de fato na lei e apesar de tudo pedimos a explicação oficial do Ministério da Gestão e Inovação em Servicios Públicos. en gov. br, sobre o programa Imóvel da Gente, onde é anunciado e apresentado em 26 de fevereiro de 2024 e o Decreto nº 11. 929 que institui o programa.

Por que o Comprova contextualizou esse tema: O Comprova monitora conteúdos suspeitos postados em redes sociais e aplicativos de mensagens sobre políticas públicas, saúde, atualizações climáticas e eleições. Ao detectar uma questão nessa vigilância que foi retirada do contexto, o Comprova contextualiza o caso. . Você também pode estar oferecendo cheques do WhatsApp 55 11 97045-4984.

Para ir mais fundo: O Estadão Verifica investigou que o cargo de deputado é enganoso ao associar a profissão de uma comunidade rica de São Paulo a Boulos e à Conferência do MST. UOL esclareceu que é falso que Boulos contrate moradores de rua. Desinformação Conteúdos que envolvem o candidato já foram verificadas pelo Comprova, como uma publicação sobre Bolsonaro que publicou uma montagem com foto de Lula e Boulos em reportagem sobre prisões.

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