Brasil, Colômbia e México insistem em registros eleitorais na Venezuela

Os governos de Luiz Inácio Lula da Silva, Gustavo Petro e Andrés Manuel López Obrador assinaram uma nota conjunta após a disputada vitória de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais de 28/07

Os governos do Brasil, Colômbia e México insistiram nesta quinta-feira (8) para que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela publique os resultados eleitorais, após as disputadas eleições presidenciais que deram a vitória a Maduro. No processo do Supremo Tribunal de Justiça (TSJ), que Maduro utilizou para certificar a sua vitória, Brasil, Colômbia e México “assumem que a CNE é o quadro a que recorrem”. A divulgação transparente dos resultados eleitorais corresponde ao mandato legal. “de acordo com uma nova declaração conjunta.

A CNE, alinhada ao chavismo, proclamou Maduro vencedor das eleições com 52% dos votos, mas divulgou os principais pontos da investigação, dizendo que a sua fórmula sofreu um ataque de hackers. Em meio a acusações de fraude por parte da oposição, Maduro recorreu na semana passada ao TSJ, também acusado de servir ao chavismo, para buscar a “certificação” da vitória, num procedimento criticado por acadêmicos e líderes políticos.

O político da oposição Edmundo González Urrutia, que se considera o vencedor das eleições, desobedeceu duas vezes a uma intimação para comparecer perante a Suprema Corte por considerar que tal intimação violaria o “devido processo” e colocaria em risco “a vontade dos outros”. Após os efeitos das eleições de 28 de julho, protestos eclodiram em todo o país e deixaram pelo menos outras 24 pessoas mortas, de acordo com organizações de direitos humanos.

A oposição publicou numa página online cópias de mais de 80% das atas que, segundo os seus dirigentes, resultam na vitória de González Urrutia. O chavismo, por sua vez, ignora a validade dos documentos. Colômbia, Brasil e México, que são uma solução para a crise na Venezuela, não mencionaram avanços concretos nas negociações.

A líder da oposição, Maria Corina Machado, alertou na quinta-feira o governo mexicano sobre uma “onda migratória” sem precedentes de venezuelanos se Maduro permanecer no poder. Colômbia, Brasil e México “reiteram o apelo aos atores políticos e sociais do país para que exerçam a máxima cautela e moderação nas manifestações e eventos públicos, e às forças de segurança do país para garantir o pleno exercício desse direito democrático dentro dos limites da lei”, disseram no comunicado.

Os chanceleres do Brasil, Colômbia e México, mandatados por meio de seus respectivos presidentes, reuniram-se praticamente ontem, 7 de agosto de 2024, para continuar a discutir o cenário existente na Venezuela. É fundamental que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) forneça os efeitos das eleições presidenciais de 28 de julho de 2024, discriminados por tabela de votação. Tomando nota do procedimento realizado perante o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (TSJ) em relação ao processo eleitoral, assumem que a CNE é o enquadramento. responsável, por mandato legal, pela divulgação transparente dos efeitos eleitorais.

Reafirmam a utilidade de permitir a verificação independente dos resultados, de acordo com o preceito básico da soberania popular. Além disso, reiteram o apelo aos actores políticos e sociais do país para que exerçam extrema cautela e moderação nas manifestações e eventos públicos e na defesa do país. forças de segurança para garantir o pleno exercício deste direito democrático dentro dos limites da lei. O respeito pelos direitos humanos terá de triunfar em todas as circunstâncias.

Expressando mais uma vez seu respeito pela soberania e vontade do povo venezuelano, anunciam que continuarão a manter conversações de alto nível e enfatizam sua convicção e confiança de que as respostas ao cenário existente deverão vir da Venezuela. Nesse sentido, reiteram sua preferência por esforços para discutir e buscar acordos que contribuam para a estabilidade política e a democracia no país.

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