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A crise no mercado internacional de petróleo, gerada pela guerra de preços entre Arábia Saudita e Rússia – que fez o custo do barril despencar para o menor patamar (US$ 35) desde 1991 –, pode representar queda nos valores praticados pelos postos de combustíveis. Pode, mas não há garantias.
Desde 2016, a Petrobras, cujas ações caíram mais de 20% ontem, justamente em razão dessa crise, baseia-se na paridade de valores externos e internos da commodity para formar preços. Seria “natural”, portanto, que a desvalorização mundial atingisse o mercado brasileiro.
Analistas setoriais e econômicos ouvidos pelo Hoje em Dia entendem que a equação pode não ser tão simples, sobretudo porque o dólar também não para de subir (2%, só ontem), complicando ainda mais o cenário. A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), por exemplo, entende que ainda é cedo para determinar o reflexo da baixa de preços internacional no país.
“Geralmente, quando ocorre um evento muito especulativo como este, ou como foi após a morte do general iraniano, este ano, há uma variação muito intensa no momento. Mas a tendência é que, durante a semana, ocorra uma estabilização de preços, em outro patamar”, avalia Milena Mansur, gerente de Inteligência de Mercado da Abicom.
Para Feliciano Abreu, coordenador do site de pesquisas de preços Mercado Mineiro – que realizou, semana passada, levantamento em 142 postos de Belo Horizonte –, a queda dificilmente chegará a se concretizar. Abreu relata que, em tal segmento, há facilidade para aumentos, nunca para reduções.
“Quando se espera queda de preço, o valor nas bombas é mantido porque se baseia nos estoques dos estabelecimentos. Por que há tanta demora para acabar o tal estoque, mas para aumentar o preço nas bombas é sempre tão rápido?”, questiona ele.
Por nota, a Petrobras informou que considera prematuro fazer projeções sobre eventuais impactos no mercado associados à recente e abrupta variação nos preços do petróleo.
O mercado de ações tem um dia turbulento, com disputa entre russos e sauditas
O 9 de março de 2020 entrou para a lista de datas marcadas por pânico no mercado financeiro global, o que levou à interrupção por 30 minutos dos negócios na bolsa de valores brasileira, a B3, após queda de 12% do índice Ibovespa durante a manhã de ontem.
As negociações foram interrompidas em função do mecanismo chamado circuit breaker, acionado após o Ibovespa cair mais de 10%. A última vez em que a bolsa tinha interrompido negociações foi em maio de 2017, após a divulgação de conversas do então presidente Michel Temer com o empresário Joesley Batista, dono da JBS.
O Ibovespa fechou o dia descendo um 12,17%, com 86.067 pontos, retrocedendo aos valores de dezembro de 2018. Foi a maior queda em um dia desde setembro de 1998, quando a Rússia declarou uma moratória. E as causas passam pela Rússia de novo.
Com a demanda por petróleo reduzida globalmente em função da epidemia de coronavírus, a Arábia Saudita, membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), havia sugerido uma queda na produção da commodity, ao que não obteve adesão da Rússia de Vladimir Putin.
Em resposta, os sauditas aumentaram sua produção, o que fez despencar a cotação do barril. Por volta das 18h, o barril do tipo Brent era vendido a US$ 33,41, com queda de 26,2% – a maior no preço internacional para um dia desde a Guerra do Golfo, em janeiro de 1991.
“Diante dessa incerteza global, o investidor corre para ativos mais seguros, como o dólar e o ouro, deixando de alocar recursos em ativos de risco ou em países emergentes, como o Brasil”, afirma Guilherme Almeida, economista-chefe da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG).
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