A ativista cristã Fatemeh Mohammadi, foi libertada da prisão de Qarchak, em Terã capital do Irã, e usou as redes sociais para agradecer os apoiadores por sua preocupação durante seus 45 dias de detenção.
Na rede social, Mary Fatemeh escreveu: “Sou grata a todos vocês, queridos amigos que se preocuparam e acompanharam minha situação com preocupação”, disse ela, em sua página do Twitter.
A jovem Fatemah de 21 anos, foi presa no mês passado no Irã, perto da Praça Azadi, onde manifestantes protestavam contra o governo do Irã por ter abatido um avião de passageiros da Ucrânia. Por várias semanas, seu paradeiro era desconhecido.
Mary ficou incomunicável por um mês após sua prisão, antes que a organização jurídica de advogados Article18, finalmente pudesse confirmar que estava sendo mantida na prisão de Qarchak, ao sul de Teerã.
No dia seguinte, o site de notícias em língua persa HRANA relatou que, durante sua detenção, Mary havia sido tão espancada por oficiais do sexo masculino e feminino, e que as contusões ficaram visíveis por três semanas.
Mary foi forçada a ficar sentada em um corredor por horas em clima extremamente frio, em frente aos banheiros, e só recebeu comida 24 horas após sua prisão.
Mary foi acusada de “perturbar a ordem pública participando de uma manifestação ilegal” que inicialmente recusou a fiança, apesar de sua família se esforçar para levantar os 30 milhões de tomans necessários (US $ 2.250), equivalente a mais do que o salário médio anual sob as atuais restrições econômicas do Irã.
No último dia 26 de fevereiro, Mary recebeu uma nova fiança e foi libertada. Houve pedidos de libertação de presos políticos, devido preocupação de que o coronavírus pudesse espalhar rapidamente dentro das prisões superlotadas do Irã.
O colega prisioneiro cristão Ramiel Bet-Tamraz também foi libertado da prisão no mesmo dia que Mary, três semanas antes de sua libertação programada.
Mary é um raro exemplo de ativista cristã que ainda vive no Irã e já cumpriu seis meses de prisão por suas atividades cristãs, pelas quais foi condenada por “ação contra a segurança nacional” e “propaganda contra o sistema”.
O caso de Mary ganhou atenção internacional, inclusive o presidente dos EUA, Donald Trump, citando sua prisão durante um discurso nacional de alto nível.