Quinto dia de greve geral pára Paris

A frança ainda está enfrentando uma onda de protestos e greves gerais contra a reforma da previdência proposta pelo governo do presidente Emmanuel Macron.

Segunda-feira, 9, no quinto dia de greve geral, a capital Paris registrou 620 quilômetros de congestionamento, o maior volume em cinco anos.

O congestionamento ocorreu porque, em frente ao fechamento do transporte público (ônibus, trem e metrô), muitos franceses optaram por tentar chegar no trabalho no carro. A quantidade de veículos, somada às partes da chuva que existem em França segunda-feira, a dificuldade aumenta.

Enquanto que apenas 20% dos trens de alta velocidade funcionam, as linhas regionais são servidos por 30% da frota. Em outros, poucos trens fazem viagens internacionais. O link entre a França e a Itália está completamente paralisado, enquanto que a conexão Paris-Londres funciona com dificuldade.

Mesmo com a intensa protesto que assolou a França passada quinta-feira, 5, -quando mais de 800.000 manifestantes foram registrados em manifestações lideradas por sindicatos e greves, chegando ao quinto dia, o governo francês promete não dar um passo para trás na tentativa de aprovar a reforma da previdência. Segundo o governo, a reforma, que, basicamente, unifica o sistema de pensões e porá fim a 42 regimes especiais, é necessária para manter o sistema financeiro viável.

Apesar do argumento dos membros do governo, que se espera que sejam cumpridas de segunda-feira a tarde para estudar formas de lidar com os protestos, a opinião pública parece estar do lado dos manifestantes. De acordo com uma pesquisa publicada no domingo passado, o 8,53% das greves de apoio em França.

Diante disso, Macron se encontra em um dilema. Prometendo não se retirar para a reforma das pensões, que aledea a sua base eleitoral, o presidente enfrenta a resistência de grande parte da população. Se você desistir, você corre o risco de perder o apoio de sua base. Com o objetivo de uma possível reeleição em 2022, os próximos passos em relação à reforma das pensões podem tirar ou pôr fim às suas possibilidades.

A relação entre Macron e os coletes amarelos, como se conhecia o movimento nas manifestações, piorou desde que começaram os protestos, em novembro de 2018. No dia 16 de novembro, os manifestantes tomaram as ruas para protestar contra o primeiro ano das manifestações.

Em novembro de 2018, os Coletes Amarelos tomaram as ruas francesas para protestar contra o aumento dos preços dos combustíveis, que havia sido anunciada pelo governo de Macron. Além dos protestos contra o ajuste, os manifestantes estenderam as manifestações contra a perda do poder de compra dos franceses e começaram a exigir a demissão do presidente Emmanuel Macron.

A rejeição de Macron para a reforma das pensões, já havia sido manifestado pelos trabalhadores do metrô, em setembro passado. Nesse momento, dez das 16 linhas de Paris estavam paralisadas por causa da greve dos trabalhadores do metro. Isso porque a mudança no sistema de pensões reduziria os benefícios do metro.

Além da greve, até agora não há manifestações nas ruas, segunda-feira, os manifestantes planejam novas manifestações em toda a França para a próxima terça-feira, 10. A iniciativa seria uma outra forma de mostrar ao governo francês a rejeição da reforma, que pode já ter todos os detalhes previstos na próxima quarta-feira 11.

Leia também: As faíscas da relação entre Macron e os coletes amarelos Lêem também: O discurso amável de Macron diante de uma suspeita França

Fontes: A revisão das pensões Guardian-France para seguir em frente, apesar das grandes protestasBrasil-Quinto dia de greve sai de Paris sem transporte público e congestionado

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