O cubo mágico foi a resposta de Francisco Gois, de 11 anos, o ambiente desconhecido de uma escola nos Estados Unidos. Como não tinha muitos amigos e o nível de inglês continuava sendo básico, concentrou-se em objeto para não ser perseguido ou tinha que interagir com os outros. A idéia de isolar-se a si mesma, não deu certo e, ao contrário do que imaginava, o cubo os fez amigos e se tornaram populares.
Algo assim aconteceu quando você voltou ao Brasil e começou a levar sua coleção de Oswald de Andrade (um colégio onde estudou, na Vila Madalena, são Paulo capital). Não passou muito tempo antes que os outros alunos começaram a se interessar pelo objeto e a capacidade de Francisco para resolvê-lo em menos de um minuto. Em poucos meses, a tecteca-tec de voltas e voltas, começou a ser ouvido no pátio de recreio e até mesmo na sala de aula. “O registro de cubos mágicos confiscados por um professor em sala de aula era de 14 anos”, disse Matthew Borgueresi, também de 11 anos.
O que aconteceu na escola de Francisco se repete em muitos outros no Brasil. O cubo mágico, criado pelo húngaro Erná Rubik em 1974 e outorgado), em 1980 e 1981, como Brinquedo do Ano (brinquedo do ano), ele voltou à moda. O cubo mais comum tem dimensões 3 X 3 X 3, mas também pode-se encontrar com mais camadas e outros formatos. Se alguém ainda não sabe, o objetivo da brincadeira é alinhar todas as cores no menor tempo possível.
A nova onda do cubo mágico tem vindo a crescer a partir de meados de 2005, um ano que, para nada, coincide com o início das operações do YouTube. Os vídeos dedicados à resolução e à visualizações e foram lançados especializados tornaram-se virais entre os jovens e as crianças (em canais com mais de 100.000 assinantes). O segredo é ensinar didácticamente. “Nos vídeos e no site eu faço um passo a passo sobre como resolver o cubo. O método básico pode explicar-se em oito etapas”, diz Renan Cerpe, de 27 anos, que além do canal no YouTube e o endereço de e-mail (www.cubovelocidade.com.br é também o autor do livro The Magic Cube Secret.
Como não há solução para a febre mágica do cubo no ambiente escolar, professores e Fabio Aparecido, que ensina Matemática na Escola Técnica Estadual (Etec) Canon José Bento, em Jacareí, no interior de São Paulo, tem incorporado o objeto para a classe. “Eu sempre pesquisei algo que poderia chamar a atenção dos alunos na sala. Um dia, um aluno veio até mim e me perguntou se poderia melhorar a sua classificação, se resolvia o cubo mágico. A partir desse momento, comecei a entender que o cubo pode ajudar no contexto da escola”, disse. “O cubo abrange quatro aspectos importantes para o desenvolvimento de um aluno: leitura, interpretação, concentração e raciocínio lógico”, acrescentou. Devido a isso, as crianças estão familiarizados com o cubo utilizados conceitos complexos, tais como algoritmos, sem a menor cerimônia ou dificuldade.
Esportes
Após a aprovação acadêmica, o cubo também avança no mundo do esporte. O país conta com uma Associação Brasileira de Cubo Mágico, que organiza campeonatos em várias cidades. “Atualmente, há mais de um campeonato por semana no país. Ainda não é possível falar de profissionalização, mas o desenvolvimento é muito grande aqui”, disse o presidente da associação, Marcos Cecchinir. O Brasil tem, pelo menos, dois prodígios no esporte: Vincenzo Guerino Cecchini, de 14 anos, que monta o cubo tradicional em 5,84 segundos; e Caio Sato – que se consegue em pouco menos de 7 segundos.
As competições cobrem todo o tipo. Por certo, um deles deve terminar o próximo ano: montar o cubo mágico com os pés. A justificação está relacionada com a higiene. Mas já há uma mobilização entre os praticantes (incluindo Francisco) para que isso não aconteça, porque entre os concorrentes há crianças sem braço, que se integram na comunidade de cubos através de competições.
De volta à escola de Francisco, outras crianças declararam que o cubo é ideal para evitar o estresse e espantar o tédio. “Seria bom se pudéssemos usar antes ou durante as provas. Estaria mais tranquilo e mais concentrado”, disse Cora Mirandez, de 10 anos. “Eu ouvi de meus pais ‘Solta esse cubo e presta atenção em mim'”.
André Louro, de 11 anos, é outra que reprime o comportamento dos adultos. “Se eu estou em algum lugar com o cubo, então alguém vem dizer: ‘eu Tenho 50 anos e nunca fui capaz de montá-lo… Como você faz isso? Agem como se fosse magia negra”, brinca.
Variações
O mercado de cubos mágicos parece quase infinito. Podem ser encontrados em lojas físicas e na Internet uma série de modelos diferentes do produto. Os preços podem variar de R$ 10 (o mais barato, vendido no comércio popular) a R$ 350.
Estes são alguns tipos:
– 3 X 3 X 3: O modelo mais tradicional e conhecido do mundo. Você também pode encontrar muitos valores diferentes. Em lojas especializadas, principalmente na linha, o valor vai de R$ 30 a R$ 60.
– 2 X 2: Pode parecer mais fácil, mas não é bem assim. Com apenas duas camadas, este tipo de cubo traz o desafio de não ter um centro. Custa R$ 35, em média.
– 4 X 4 X 4 A 5 X 5 X 5…: Aqui o que muda é o número de camadas. Para usuários mais experientes ou para aqueles que já se encontram com o cubo tradicional muito facilmente.
– Pyraminx: Sim, não todos os cubos são um “cubo”. Neste caso, temos uma pirâmide. A lógica de resolução é semelhante. Em torno de R$ 55.
– Blocos de espelho: Aqui, o desafio é alinhar as formas (e controlar a variação). Um dos novos sucessos entre os usuários. Custa R$ 40, em média.
– Chaveiro Minicube: Em miniatura e como chaveiro, o cubo também é um sucesso. Apesar do tamanho, você também pode resolver. Sai por R$ 25, em média.
A informação é do jornal o Estado de S. Paulo.
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