O Presidente Jair Bolsonaro recebe hoje (5) em Bento Gonalves, no Vale dos Vinhedos, Rio Grande do Sul, os presidentes dos países membros do mercosul e representantes dos Estados associados para a 55a reunião de cúpula do bloco. A sessão plenária, que começou pouco depois das 11:30.m., conta com a assistência dos presidentes argentinos Maurício Macri e o paraguaio Mario Abdo Benítez e a vice-presidente uruguaia Lucía Topolansky, em representação do presidente Tabaré Vásquez, que está em tratamento contra o câncer.
Após a sessão plenária, os Chefes de Estado vão assinar acordos diplomáticos sobre proteção mútua de indicações geográficas, a cooperação policial transfronteiriça, transporte de produtos perigosos, serviços financeiros, proteção e reconhecimento dos consumidores assinaturas digitais recíprocas. Os representantes dos países do bloco também deveriam ocupar-se do desenvolvimento sustentável, o turismo, a luta contra os crimes transnacionais e a corrupção e o calendário de trabalho do mercosul.
A cúpula começou ontem (4) uma reunião preparatória de ministros de Negócios Estrangeiros que fazem parte do Conselho do Mercado Comum (CMC) e a entrega do relatório com as principais ações do bloco, sob a presidência pro tempore do Brasil, como as negociações do Acordo de Livre Comércio com a Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA).
A Cimeira do Vale dos Vinhedos, fecha a presidência brasileira do Mercosul, que será transferida para o Paraguai durante os próximos seis meses.
O mercosul é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. A Venezuela está suspensa a partir de 2017, por quebrar a ordem democrática e o não cumprimento das cláusulas de direitos humanos no bloco. Os países associados Chile, Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, os países do Mercosul são equivalentes a quinta economia do mundo. Desde a sua fundação, o comércio do bloco multiplicou-se quase dez: de 4.500 milhões de dólares em 1991 para 44.900 milhões de dólares em 2018. Em 2018, o Brasil exportou US$ 20.83 bilhões ao MERCOSUL e importou 13.370 milhões de dólares, com um superávit de 7.460 milhões de dólares
Bilaterais
O presidente brasileiro chegou a Bento Gonalves, um pouco antes das 10 da manhã. Sete ministros fazem parte da comitiva: Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Tereza Cristina (Pecuária e Abastecimento Agrícola), Luiz Henrique Cerere (Saúde), Osmar Terra (Cidadania) e o Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Antes da cúpula, o presidente Bolsonaro se reuniu com o presidente paraguaio Mario Abdo Benítez. Está em discussão um acordo automotivo entre os dois países.
O setor automotivo não foi incluído nas regras comerciais do mercosul. Por esta razão, os países que compõem o bloco (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) têm estabelecido acordos bilaterais para reduzir ou eliminar os direitos de importação no sector. O paraguai é o único entre os membros do Mercosul que ainda não mantêm acordo com o Brasil.
Se aprovado, o acordo automotivo pode ampliar as exportações de automóveis fabricados no Brasil para o Paraguai. O país vizinho também tende a se beneficiar, já que exporta peças e equipamentos que são utilizados na montagem de automóveis no Brasil.
Pouco depois da cúpula, haverá uma cerimônia de plantio de vinhas e, em seguida, Bolsonaro oferece almoço aos participantes da reunião. A primeira hora da tarde, também está prevista uma declaração de imprensa. O presidente brasileiro deve deixar Bento Gonalves às 5 da tarde e vai para o Rio de Janeiro para ver o jogo do flamengo contra o Avaí, no maracanã.
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