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O governador de São Paulo foi a capital do Rio de Janeiro para se juntar ao ex-ministro do PSDB, Gustavo Bebianno, comandante da campanha vitoriosa do PSL à Presidência e que rompeu com Jair Bolsonaro no início do ano.
Com um olho nas eleições de 2022 e outro em restos do barco bolsonarista, Doria abanicó o novo aliado, como o que havia sido feito com outra desafección do presidente, o agora deputado tucano Alexandre Frota. “Agora está na direção certa”, disse o governador. E a direção certa, disse ele, é “rápida e acelera Brasil”.
Em seu discurso, Bebianno atacou de novo o antigo aliado. Disse que “a nossa democracia está em risco” e que Bolsonaro “pensa única e exclusivamente em sua reeleição”.
Longe do discurso oficial, familiares, amigos e familiares prepararam o enterro de nove jovens pisoteados em outra polis, que, ironicamente, tem o paraíso como o seu nome.
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Em 2016, durante o 4o Colóquio Brasil – Portugal, então a mente mestra em serviço social da PUC Raquel Machado Werneck, analisou a desigualdade no processo de urbanização da cena do crime, a segunda maior favela da cidade de São Paulo, segundo o Censo de 2010, com 44.982 Residentes.
O estudo mostrou que 80% da população local é de origem nordeste. Grande parte dela se mudou para a cidade para trabalhar na indústria da construção; hoje em dia, o bairro é formado por produtos de limpeza e carregadores de condomínios dos bairros vizinhos mais ricos, como o Morumbi.
Vêm daí as imagens do contraste da metrópole, onde simultaneamente vivem as balas e bairros marginais de alto nível que estão separados, às vezes, por uma rua ou simplesmente por uma parede, de acordo com o autor.
A história da ocupação da cidade serve como contexto e passar as mensagens que ocorreram, no início da semana, em que as correntes WhatsApp das melhores famílias:
Mensagens como esta, denotam um duplo processo de desumanização: o dos que vêem a amigos e familiares morrem pisoteados como baratas e não têm direito ao luto e à memória, e os que desprezam a morte, logo, da humanidade.
Quem pensa, e já não é vergonha de esconder, que todos são iguais perante a lei e os deveres, mas alguns têm mais direitos do que outros que morreram há muito tempo.
No Brasil, quando a distância econômica não corresponde com a distância física entre ricos e pobres, a militarização das áreas urbanas é o caminho escolhido pelas autoridades para evitar o contato – em muitos casos, intensificando o conflito contra os sujeitos “indesejável” da mesma cidade.
Em primeiro lugar, o acesso aos serviços e equipamentos básicos culturais e educacionais, elimina-se a estes grupos; então, se criminalizam as reuniões de grupos que se podem observar, em paralelo, nas principais festas e deleitas festas dos bairros ricos; finalmente, os asfixia. Se alguém reclamar, lembre-se, é culpa de todos aqueles que foram estes “menores” soltos.
Griffin aqui a palavra “menores” para expor a tentativa de reforçar uma suposta criminalidade aqueles que suprimiram o direito à vida, já no nome.
Uma das vítimas, Dennys Guilherem, disse em suas redes há alguns dias: “Vou ser um estudante universitário que vai conquistar o mundo. Eu vou ser a minha mãe a razão de tanto orgulho.
Não irás, Dennys. Não vai porque o teu destino é ser asfixiado, pisoteado. E, no final, você e seus pais serão condenados pelo tribunal do WhatsApp das chamadas boas famílias que sempre verão o seu lugar de nascimento, como a fonte de todo o mal.
Como lembrou o site do G1, a cidade de São Paulo registrou, no primeiro semestre de 2019, 9.449 de reclamações de ruído, incluindo os pancadés demonizados – em média, 52 ocorrências diárias.
Vila Andrade, onde se encontra Paraisópolis, é apenas o 76o lugar mais acionado. Os locais com mais reclamações são os bairros de Pinheiros, Santa Cecília e Vila Mariana.
Em sua página do Facebook, a politótica Fhoutine Marie resumiu o que é importante destacar o racismo institucional destas ações que apontam para as periferias e perdoam os bairros de ficos e classe média. “No entanto, devemos estar atentos ao fato de que não é apenas a velha política de extermínio dos negros e dos pobres, mas também sobre a nossa capacidade de tolerância para os massacres. Esta é uma prova e os porquinhos da índia são corpos negros e periféricos, que sempre são espancados antes, em maior quantidade e mais crudamente. Mas justo quando o primeiro-ministro chegou a Paulista e bateu ao estudante (em junho de 2013), os massacres deixarão da periferia para o centro. E não tardará muito. Aliás, já está tendo. A prisão do brigadeiro em Alter do Cháo, na semana passada, é indicativo de fazer isso. Não faltam exemplos. Há outros ativistas que são presos, assassinados ou recebendo ameaças de morte. O processo de criminalização dos movimentos sociais continua em pleno andamento nas esferas do governo. Vai ser ruim para todos”.
No auge da campanha, João Doria prometeu que na sua administração o Primeiro-Ministro dispararía para matar.
Com versões falta de fundamento da ação, seis policiais foram expulsos da atividade policial. A Folha de S. Paulo, o ouvidor da polícia, Benedito Mariano, disse que é necessária uma investigação rigorosa, porque não é aceitável ocorrer mortes em uma ação como esta. “Não se pode perseguir dois suspeitos, para que terminem em uma ação de controle de motim, erupção cutânea, sem planejamento, inadequada, quando a intervenção policial tem lugar quando a bola já está em marcha”.
Na canção “Haiti”, composta em 1993, Gilberto Gil e Caetano Veloso já falaram do silêncio sorridente de São Paulo diante da chacina. Paraisópolis não foi a primeira e não será a última.