Harry e Meghan: os rebeldes da realeza britânica deixaram tudo em pólvora

Que 2020 poderia trazer a já há muito anunciada – e ainda não concretizada – saída do Reino Unido da União Europeia, já se sabia. O que não se imaginava é que, antes de o acontecimento ter lugar, haveria primeiro outra saída, inesperada, desta feita no seio da família real, que acaba de perder duas das maiores estrelas: Harry e Meghan, o eterno rebelde da realeza britânica e a plebeia com quem casou e que muita tinta fez correr em certa imprensa do país.

Foi ontem que, através de um comunicado publicado no Instagram, os duques de Sussex – casados em maio de 2018 e pais de Archie desde maio do ano seguinte – anunciaram, ao fim de “muitos meses de reflexão e discussões internas”, a decisão de passarem a “desempenhar um novo papel progressivo” dentro da instituição. Querem afastar-se “do papel de membros seniores da Família Real” e tornar-se “financeiramente independentes”, continuando “a apoiar totalmente” Isabel II, mas divididos entre o Reino Unido e a América do Norte. Na prática, abdicarão do fundo público (Sovereign Grant)que cobre os custos da família real e entram para o mercado de trabalho. O Palácio de Buckingham – que não terá sido levado em conta na decisão – retorquiu com uma nota muito breve, na qual comentou que as “conversações” com os duques de Sussex estão numa “fase inicial” e que “essas questões são complicadas e demoram tempo a ser resolvidas”.

Charles e William foram avisados 10 minutos antes, diz o The Guardian

O anúncio – no fim de uma pausa de seis semanas do casal no Reino Unido e Canadá – provocou inquietação pública e até levou o conhecido museu Madame Tussauds, em Londres, a separar as estátuas de cera de Harry e Meghan das restantes figuras da família real. Na vida real, já há muito se especulava que a relação entre todos estivesse abalada.

Na edição online desta quinta-feira, o britânico “The Guardian” escreve que os duques “desafiaram as instruções da rainha de não divulgarem o anúncio bombástico (…) até que os detalhes dos planos fossem totalmente discutidos”, revelando que enviaram uma cópia do comunicado aos príncipes Charles e William “apenas 10 minutos antes de este ser divulgado no Instagram”. Já a agência de notícias Press Association e a Sky News dizem, citando fonte do Palácio, que a rainha e os sucessores querem uma “solução viável” para o futuro do casal “em dias, não semanas”.

Querem se aproximar da imprensa

No novo site dos duques, onde esclarecem questões sobre “a nova fase”, Harry e Meghan – que poderão continuar a usar esse título – dizem querer mudar a relação com a imprensa, “para garantir acesso aberto e diversificado” às suas futuras atividades, e notam que vão deixar de participar no sistema real que dá a alguns jornais acesso direto à família. O casal já tinha demonstrado insatisfação com a forma como os tabloides faziam essa cobertura e chegaram mesmo a processar várias marcas, acusando-as de lançarem uma “campanha implacável e maliciosa” contra a mulher de Harry, ele que sofreu na pele os “custos humanos” provocados pelos paparazzi, com a morte da mãe.

Redes sociais

Como acontece sempre com assuntos de grande dimensão, a renúncia de Harry e Meghan agitou o Twitter, onde houve uma explosão de “memes” (imagens que acabam por viralizar) sobre o tema.

“Harry e Meghan a sair do Palácio de Buckingham”

Mítico “Como se atrevem?” de Greta, para questionar decisão dos duques

“O olhar que ela te faz antes de destruir a tua família e te fazer renunciar ao título real”

“A Meghan acabou de se tornar na nova Yoko Ono…” (numa referência à saída de John Lennon, seu companheiro, dos Beatles)

“A Rainha, vendo Harry e Meghan sair do Palácio”

Não faltaram piadas sobre a nova vida dos duques…

E também são os que estão interessados em tomar o seu lugar…

E claro que os fãs de “The Crown” não se esqueceram do potencial da decisão para a série

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