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Depois do agravamento das tensões entre EUA e Irão, várias companhias aéreas mundiais estão a evitar o espaço aéreo iraniano. Air France, BA e Lufthansa são algumas das empresas que estão a mudar as suas rotas.
Os Estados Unidos atacaram e o Irão respondeu. Em resultado da escalada de tensões entre os dois países, várias companhias aéreas começaram a desviar as suas rotas que atravessam o Irão, e há já alertas de várias autoridades de aviação para que as transportadoras deixem de sobrevoar aquele país.
A autoridade de aviação norte-americana, a FAA, proibiu os pilotos e as companhias aéreas americanas de sobrevoar o Iraque, Irão e ainda algumas outras zonas do espaço aéreo pertencente ao Golfo Pérsico. Neste seguimento, transportadoras como a United, a Delta Airlines e a American Airlines tiveram que alterar as suas rotas.
Após esta nota, também a autoridade de aviação civil indiana aconselhou as suas companhias a seguirem as mesmas indicações. A imprensa internacional dá ainda conta que há companhias chinesas a evitarem sobrevoar aquele espaço, como é o caso da China Airlines.
Como lembra a imprensa internacional especializada, o espaço aéreo do Irão e Iraque é fundamental para as ligações comerciais entre a Europa e o Médio Oriente. Com as mudanças das rotas, as empresas podem ter de aumentar os níveis de combustível que cada aeronave carrega para responder a um aumento da distância, o que, por causa do peso, poderá obrigar as empresas a diminuir o número de lugares ocupados.
Ainda assim, nem todas as companhias aéreas estão a evitar o Irão. Segunda a CNN, a Qatar Airways e a Turkish Airlines estarão a realizar os seus voos com normalidade.
O site que acompanha em tempo real os voos que estão a ocorrer – o Flight Radar – mostra claramente a nova configuração das rotas internacionais.
A Associated Press, que cita analistas do setor, avança que 15 mil passageiros por dia podem ver as suas rotas alteradas na sequência desta escalada de tensões, o que poderá aumentar entre 30 a 90 minutos a duração dos voos. Um consultor de aviação do Dubai, citado pela agência de informação, admite que pelo menos 500 voos comerciais atravessam diariamente o Irão e o Iraque.