Teste da UFBA detecta coronavírus em três horas, diz pesquisador

Pesquisadores do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA) desenvolveram um teste rápido que pode identificar o coronavírus em até três horas. A metodologia usada hoje pelo governo gasta 48 horas.

Responsável pelo desenvolvimento do exame, o virologista Gúbio Soares foi um dos pesquisadores que identificaram o zika vírus. “Nós usamos um teste específico para o coronavírus, que funciona só com coronavírus. Temos um equipamento mais moderno, muito mais sensível para todos os vírus que a gente queira trabalhar. Na realidade, ele é um ‘real time’ mais moderno, mais sensível, com resultado mais breve”, explicou ao site G1.

A técnica, disse, é a mesma usada na China, na Alemanha e nos Estados Unidos. O material genético do vírus, obtido da secreção da faringe, é extraído no equipamento automatizado. “Não tocamos no material, colocamos com luva e máscara”, afirmou.

Sobre o uso do equipamento, Gúbio contou que ele pode ser usado pelas redes pública e particular. “Meu objetivo é como foi com o zika vírus, que nós identificamos. Veio uma amostra de um hospital particular de Camaçari, e nós processamos essa amostra. Qualquer hospital que quiser mandar as amostras suspeitas (do coronavírus) para nós, fazemos e damos o resultado ao hospital. Já existe uma normativa de fluxo para os laboratórios públicos, mas nós queremos oferecer nossa capacidade técnica, científica, que temos trabalhado aqui, para oferecer ao Estado, ao país, à população, e beneficiar principalmente o povo”, disse.

Atualmente, as amostras de secreção (de nariz ou faringe) de pacientes sob suspeita são enviadas para o laboratório oficial do Estado onde eles se encontram. Em Minas Gerais, é a Fundação Ezequiel Dias (Funed). Em São Paulo, o Instituto Adolfo Lutz. 

Esses laboratórios oficiais fazem exames para descartar infecção por outros vírus respiratórios e encaminham amostras para o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio e Janeiro, que realiza o teste específico para coronavírus. 

Na última semana, especialistas da Fiocruz promoveram a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA), e do Instituto Adolfo Lutz para o diagnóstico laboratorial do patógeno. 

No dia 30 de janeiro, a Fiocruz recebeu fragmentos do material genético do novo coronavírus que serão utilizados para aprimorar os protocolos de testagens no Brasil. As informações são da Agência Brasil. As amostras vieram de Berlim e foram trazidas pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). 

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