Projeto documenta a músicos de rua de Recife

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Já em andamento e com término no dia 30 deste mês, o projeto O Palco é a Rua – A Música nos Espaços Populares vem investigando, através de pesquisas de campo, as dinâmicas de músicos de ruas do Recife.

O projeto conversa com artistas, traçando os perfis desses profissionais e entrevistando-os sobre as suas vivências nos espaços públicos. Os pesquisadores buscam em ruas, praças, transportes públicos, feiras, mercados, pontos turísticos e áreas que constituem espaços tradicionais das manifestações culturais de rua na cidade.

A iniciativa é da Theia Produtores Associados, comandada pelos pesquisadores e produtores Laura Sousa e Guilherme Patriota. O projeto ainda conta com incentivo do Funcultura da Música.

A pesquisa aporta no Recife depois de ter circulado por cidades como Petrolina, Caruaru e Goiana, onde foram entrevistados mais de 60 artistas que contaram um pouco sobre suas vivências e relação da arte com as ruas. Temas como sobrevivência profissional, reconhecimento social e narrativas de suas trajetórias, por exemplo, são alguns dos vários abordados.

“A perspectiva para a pesquisa em Recife e entorno é a melhor possível. Já mapeamos parte dessa produção e tem muita gente incrível. A participação popular, através de nossas redes sociais e contatos telefônicos, vai contribuir ainda mais para descobrirmos outros músicos, nos bairros e em cidades próximas do Recife, assim como aconteceu em Petrolina, Caruaru e Goiana”, conta o produtor Guilherme Patriota.

Os resultados das pesquisas e histórias das três cidades do interior podem ser conferidos no site www.opalcoearua.com.br. Também já vem sendo disponibilizada no site, através de fotos, textos, vídeos e áudios captados, a pesquisa desenvolvida na capital.

O conteúdo sobre as culturas musicais das ruas e sua estética social e cultural em Pernambuco conta com publicações inseridas semanalmente. O resultado do trabalho também dará luz a um documentário, com previsão para ser lançado ainda neste ano.

O início do projeto, conta a pesquisadora Laura Sousa, surge a partir do momento que o interesse pelo registro audiovisual se estende também para a relevância sociológica do objeto de pesquisa.

“Ao longo de nossas viagens, os músicos de rua vinham nos interessando muito. A pesquisa iniciou com um viés estético: o registro audiovisual desses artistas. Depois de um tempo, desenvolvemos um projeto que conseguiu associar o estético a também um interesse sociológico sobre a prática em si”, explica.

Por estar sempre em movimento, Laura define o projeto como uma pesquisa social “sempre em trânsito”, como os artistas de rua. As documentações audiovisuais desenvolvidas, no entanto, capturam os profissionais no lugar onde costumam se apresentar. O que não limita a potência do registro, que não se retém à apenas uma coisa.

“É o que chamamos de espaços populares. São os lugares de construção, de interação, de consumo e circulação cotidiana. Então ficamos em observação das características onde a música vai entrar para compor aquele todo, e sua influência nas formas que a sociedade mantém suas práticas culturais e artísticas”, diz.

O projeto surge em um contexto de trazer relevância à uma prática, se não muitas vezes marginalizada, pouco valorizada pela sociedade e poder público. “A gente precisa entender que as ruas, os espaços públicos alimentam a cultura musical. É importante no sentido que provoca essa interação constante entre o cotidiano das pessoas e a arte”, ressalta Laura.

Na pesquisa, por exemplo, a produtora investiga o que o espaço pode provocar na apresentação desses artistas, e que tipo de específico de público eles vão buscando. Como é o caso dos artistas que encontram um espaço estratégico nas barcas que fazem a travessia entre Petrolina e Juazeiro, cidades em que o projeto passou.

“Você vai descobrindo um circuito construído pelos próprios artistas. Em Caruaru, por exemplo, a gente descobriu uma cena de músicos autorais que encontraram próximo às agências bancárias um espaço com boa acústica, ar-condicionado, e um local onde as pessoas estão lidando com o dinheiro – o que é importante também para essa colaboração”, relata Laura.

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