Brasil X Estados Unidos no basquete masculino: o embate com o primeiro Dream Team

Quatro minutos e quarenta e dois segundos. Foi dessa vez que a Seleção Brasileira conseguiu empatar contra aquele que é considerado o maior time de basquete masculino de todos os tempos, o Dream Team dos Estados Unidos, nas Olimpíadas de Barcelona de 1992.

O ajuste válido para a primeira fase do torneio olímpico. Ao final desse período, foi a última vez que o Brasil esteve à frente no placar, com 15 a 13, mas quando a equipe americana inverteu, esmagou os rivais.

Os americanos incluíam lendas do esporte como Michael Jordan, Larry Bird, Charles Barkley, Karl Malone e Scottie Pippen. O treinador Chuck Daly ainda teve o luxo de descansar Magic Johnson. A marcação de zona do Brasil controlou para parar os Estados Unidos momentaneamente, mas quando o Dream Team se adaptou, sua superioridade técnica foi sentida, além da imposição de seu jogo físico.  

Em 31 de julho de 1992, o Brasil perdeu em 44 números (127 a 83). Não há nada do que se envergonhar. Os Estados Unidos tiveram uma média de 117,25 por jogo e venceram a Croácia na final por 32 pontos (117-85). Nas semifinais, por exemplo, eles venceram a Lituânia por 127 a 76, uma vantagem de 51 pontos.

Indiretamente, a seleção brasileira de basquete ajudou a moldar a equipe que reuniu as maiores estrelas da NBA na época, uma geração de ouro do basquete masculino americano.

Nos Jogos Pan-Americanos de 1987, o Brasil superou os americanos na primeira derrota em uma partida oficial no país, vencendo a final por 120 a 115 em Indianápolis.

“Esse jogo teve dois efeitos profundos no basquete. O primeiro é que substituiu o pensamento americano. A derrota de 1987, mais a derrota contra a Rússia em 1988 nos Jogos Olímpicos, fez o país pensar que não era mais imaginável enviar jovens para faculdade E outra coisa que aconteceu foi que outras pessoas viram como essa seleção brasileira fazia chutes muito rápidos, movimentos de bola inteligentes e muitos chutes”, disse o diretor de comunicação do Indiana Pacers, Bill Benner, em artigo publicado no G1. Na época, ele era repórter do IndyStar, principal jornal de Indianápolis.

Após derrotas em 1987 e 1998, os americanos aprenderam que seu time de acadêmicos universitários não seria mais suficiente para derrotar seus rivais em quadra, e a Federação Internacional de Basquete (FIBA) pressionou para admitir profissionais da NBA, que já havia conseguido. até então proibido. Competir em competições olímpicas. Em 1989, a entidade aprovou uma modificação no regulamento, deixando a porta aberta para o surgimento do Dream Team.

Quanto ao segundo aspecto da mudança provocada pela vitória do Brasil em 1987, times da NBA como o Golden State Warriors fazem uso extensivo de arremessos de três pontos em sua estratégia de jogo, mas antes dessas finais em Indianápolis, como lembra Benner, esse não era o caso.

Nesta decisão, o Brasil acertou 10 arremessos de três pontos em 25 tentativas. A linha de três pontos entrou em vigor em jogos estrangeiros em 1984 e, embora a NBA a utilizasse desde 1979, não era tão utilizada nos jogos.

Mesmo na partida entre Brasil e Estados Unidos em 1992, o recurso foi mais utilizado pelos brasileiros do que por seus adversários. Houve nove rebatidas em 24 tentativas, enquanto os americanos acertaram 8 de 23 cestas. Ali, a estratégia e o jogo na pintura fizeram a diferença, principalmente com o forte jogo físico do pivô Charles Barkley, que marcou neste jogo com 30 pontos. Atrás dele estava Oscar Schmidt, que, apesar de passar pela lenda do Chicago Bulls, Scottie Pippen, fez sete arremessos de 3 pontos em suas 15 tentativas, marcando 24 números no total.

Se a regra que permitiu a formação do Dream Team em 1992 tivesse sido implementada antes, Oscar poderia ter jogado na NBA. Ele foi convocado (o draft é uma ocasião em que os grupos da NBA escolhem novos jogadores para se inscrever na liga) em 1984, mas não foi exatamente porque, como profissional de basquete americano, ele foi proibido de jogar pela seleção brasileira.  

Para o atacante do Golden State Warriors, Draymond Green, a diferença de pontuação será de mais de 40 pontos ao final do jogo desta terça-feira (6) a favor dos Estados Unidos, na partida válida pelas quartas de final do torneio olímpico masculino. basquetebol.

“Os Estados Unidos vão começar a apostar contra o Brasil, acho que vamos varrê-los em cerca de 40 números sem nenhum problema. É maravilhoso ver brasileiros chegando, eu amo brasileiros. Um grande obrigado a Gui Santos, que joga pelo Brasil. ” Mas eles não têm chance, vão perder com uma diferença de 35 ou 40 pontos e vamos chegar às semifinais”, disse ele em seu podcast.

As quartas de final do basquete olímpico masculino entre Brasil e Estados Unidos serão transmitidas pelos canais Sportv e CazéTV, pela plataforma de streaming Globoplay, no site Olympics. com, com flashes de TV aberta na Rede Globo, que transmite Brasil e Espanha no futebol feminino.  

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