Protocolo de consentimento atrasa vacinação na França, diz codiretor do Observatório Mundial da Saúde

A crítica vem da oposição, da moção antivacina e ocupa os editoriais dos principais jornais franceses. Em pouco mais de dez dias de campanha, a França conseguiu vacinar cerca de 7. 000 pessoas, ocupando a posição de lanterna na União Europeia e muito abaixo dos Estados Unidos, que já imunizaram cerca de 3 milhões de pessoas, ou Israel, onde 7Array 5% da população ganhou a primeira dose do produto.

De acordo com a página online Covidtracker. fr, que coleta conhecimento sobre a pandemia, a França teve recentemente um inventário de 560 mil vacinas Pfizer/BioNTech. Com a aprovação do produto da Agência Europeia de Medicamentos para a Modernidade, nesta quarta-feira, 6, novos lotes No entanto, desde a abertura da cruzada de vacinação em 27 de dezembro, a França lamenta ter cumprido o cronograma, que acabou inoculando a primeira dose para 1 milhão de pessoas até o final de janeiro.

Para Anne Senequier, a estratégia de vacinação decidida através do governo francês justifica a lentidão. Ao contrário de muitos países, a França optou por levar vacinas para asilos, onde está ocorrendo a primeira fase da vacinação, impedindo que cidadãos e cuidadores vão a hospitais ou centros de vacinação. Mas, segundo o especialista, a burocracia relacionada ao processo de consentimento até que a aplicação do produto atrase o processo.

“A pesquisa sobre a autorização da vacina não foi feita antes da chegada das vacinas. E, ao chegar, as consultas de pré-vacinação começaram em asilos para buscar o consentimento de terceiros, contar o número de voluntários dispostos a participar desse processo, enviar ordens de aquisição aos centros de vacinação. Demorou quatro, cinco dias, o que significa que o número de outras pessoas vacinadas na primeira semana não ultrapassou 1. 000”, observa.

O protocolo pode demorar: antes de receber a injeção, cada usuário deve ir a uma consulta médica para verificar se há alguma contraindicação para a vacina, além disso o médico é culpado de oferecer ao paciente todos os dados sobre a fórmula de imunidade para que ele possa ser vacinado ou não. Todo o procedimento e consentimento são registrados na folha de aptidão física do indivíduo. Se um representante legal não pode falar – um cenário não incomum entre os cidadãos de asilo – você terá que tomar a resolução em vez do usuário mais velho.

Segundo o codiretor do Observatório Mundial da Saúde, a demora na obtenção do consentimento também estaria relacionada ao forte ceticismo dos franceses em relação à vacina oposta ao Covid-19. A França tem uma das populações imunes máximas da Europa. Uma pesquisa recente realizada pelo Instituto Odoxa para o jornal Le Figaro e Franceinfo indicou que 58% dos entrevistados não pretendiam ser vacinados, número que tem o maior número na fase atual da crise fitness.

Para Anne Senequier, uma das razões para esse acúmulo é a maravilhosa notoriedade que o movimento antivacina ganhou na mídia. “Temos notado uma proliferação de competições nos últimos meses e tem havido uma área exagerada para essa desconfiança. Por outro lado, nesse contexto de campanha retrógrada, ouvimos, pela primeira vez desde o início da epidemia, outras pessoas que precisam ser vacinadas, então isso é um bom sinal”, questiona.

Estratégia controversa de vacinação

Outra controvérsia sobre a estratégia do governo francês para imunizar a população contrária às considerações do Covid-19 foi a contratação de uma consultoria pessoal americana, a McKinsey and Company. Ministério da Saúde (6).

“Este conselho está ligado à organização executiva da Secretaria de Saúde e colabora em estratégia e logística. Mas são eles que estão trabalhando na estratégia”, disse uma fonte do governo ao Le Monde.

As revelações têm a oposição de reagir, tanto à esquerda quanto à direita. Isso é evidência da desqualificação dos agentes estaduais no ritmo da estratégia de vacinação. Isso mostra que, até agora, nada foi planejado e isso é alarmante. “O líder do Partido Socialista, Olivier Faure, postou no Twitter.

“Emmanuel Macron, ele não pode liderar sua administração, ele não pode ser respeitado, ele não pode comandar”, disse a estratégia francesa de vacinação à McKinsey and Company. Este é o país!”, disse Nicolas Dupont-Aignan, presidente da direita. -ala do partido France Em Pé, em um vídeo postado nas redes sociais.

Em uma coluna publicada no jornal Le Figaro em 1º de janeiro, o economista Antoine Levy, que é uma tese do Massachusetts Institute of Technology (MIT), argumenta que a lentidão da vacinação francesa é “um símbolo de desqualificação” e “impressionante organização e empobrecimento tecnológico” no país.

A vacina francesa não está em condições a tempo

Outra falha relatada por Antoine Lévy é o atraso francês, para outros países, de expandir seu próprio sistema imunológico. “A França é o único membro do Conselho de Segurança da ONU (China, ESTADOS Unidos, Reino Unido – sem contar a Alemanha) desenvolveu sua própria vacina, um sinal de “incompetência administrativa, técnica, industrial, clínica”, diz ele.

Anne Senequier questiona a crítica: “Seja a vacina dinamarquesa, alemã, inglesa ou americana, ela não substitui nada. O vital é salvar a vida das pessoas. Por outro lado, percebemos que desde que os laboratórios começaram a anunciar o efeitos de suas vacinas, os países mais ricos se apressaram em fazer negócios e reservar aquelas vacinas que ultimamente não têm no mundo. É transparente que os países tropicais, por exemplo, não se vacinam hoje e isso não é correto ”, disse. . .

O laboratório francês Sanofi anunciou em dezembro que seu produto não estaria em condições de ser usado até o final de 2021, desafio que também provocou críticas públicas. Mas, para a pesquisadora Iris, é generalizado que das 214 “vacinas candidatas”, apenas 3 ou 4 estão em uma posição ultimamente.

“Essas vacinas levaram menos de um ano para serem desenvolvidas. Dada a importância da pesquisa francesa, possivelmente não seria negativo ter um agente imunizado contra outros países. Mas em termos de saúde, é inteligente que não haja apenas um. “ou duas vacinas e outras para continuar a se desenvolver. Queremos vacinar mais 7 bilhões de pessoas em todo o mundo”, diz ele.

Nesta terça-feira (5), o Ministério da Saúde francês anunciou uma série de novas medidas para acelerar a vacinação no país. Na tentativa de acalmar a desconfiança da abordagem do governo, o ministro francês da Saúde, Olivier Veron, disse que, um dia sem se casar, outras 5. 000 pessoas haviam ganhado sua primeira dose no país. Um conselho de defesa da aptidão também se reuniu na quarta-feira, na véspera de uma coletiva de imprensa através do primeiro-ministro Jean Castex sobre a evolução da estratégia de vacinação do país.

Anne Senequier prefere manter uma atitude positiva sobre o assunto: “Vamos aumentar o número de outras pessoas vacinadas, vamos abrir postos de vacinação em hospitais, vamos facilitar o procedimento de consentimento e tudo isso está bem. Uma cruzada nacional de vacinação requer muita logística e sabemos como fazê-lo”, diz.

O pesquisador lembra que no final do ano, antes do início do inverno no hemisfério norte, a França realizou uma grande vacinação contra a gripe e atingiu um objetivo muito maior do que se deseja recentemente contra o coronavírus. Em apenas dois meses, entre meados de outubro e dezembro, treze milhões de franceses foram vacinados contra a gripe. “Teremos que construir nosso know-how e aplicar essa sabedoria e nos divertir em combate contra o Covid-19”, conclui.

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