João Pedrosa decidiu ficar na cidade chinesa que é o epicentro do novo coronavírus. Agora, escreve no site da TSF sobre o estranho dia a dia em Wuhan.
João Pedrosa em Wuhan
© Cortesia João Pedrosa
Uma vertente que foi bastante critica no combate ao surto do Covid-19 na sua fase inicial, e durante algum tempo, foi a insuficiência de suprimentos médicos tais como ventiladores, equipamentos de proteção, máscaras, kits de testes e toda uma outra diversidade de dispositivos.
Segundo o noticiado ontem, dia 4 março de 2020, pelas televisões chinesas, a produção nacional desses equipamentos já consegue colmatar a procura e atualmente a oferta já é superior às necessidades. A China continuará a importar equipamentos que ainda não dispõe de produção ou know-how, como é o caso dos chamados ECMO. Estes equipamentos bombeiam para o exterior o sangue do paciente que está a ser tratado, faz a sua oxigenação e volta a enviá-lo para aquele.
De acordo com o ministério da indústria e tecnologia, a China tomou várias medidas para compensar as faltas, incluindo o aumento de produção das principais fábricas. Até à terça-feira passada, os principais fabricantes produziram mais de 65 mil equipamentos médicos.
Segundo as autoridades, as necessidades da linha de frente de Hubei foram atendidas e equipadas com os dispositivos suficientes. A falta de fatos de proteção tem sido uma das maiores preocupações. Os fornecedores conseguem agora enviar diariamente para Hubei 250 mil peças.
Embora a demanda supere a necessidade, as autoridades consideram que ainda não deve haver desmobilização de produção. É solicitado aos fabricantes dos vestuários a prestar atenção aos desenvolvimentos da situação e ajustar a produção de acordo com a procura.
Mas mais, é incentivado fortemente aos fabricantes para exportar os seus produtos contribuindo assim para a luta global contra o surto do novo coronavírus.
João Pedrosa em Wuhan (5 de março de 2020)