Os casos na Alemanha não param de aumentar. Esta manhã, segundo números do governo o país registava 534 casos de pessoas infetadas, enquanto às 16h00 de quinta-feira eram 482, mais do dobro dos 240 registados na quarta-feira.
A cidade de Heinsberg onde residem cerca de 600 portugueses é a mais afetada pelo vírus, que só na região de Renânia do Norte-Vestefália, onde pertence, já infetou 281 pessoas.
“A situação está a mudar muito rapidamente”, declarou o ministro da Saúde, Jens Spahn, considerando que o país “ainda não atingiu o pico do surto”.
Castigo severo
A pessoa que “deliberadamente violar” este isolamento “pode ser punido com pena de prisão até cinco anos além de uma multa”, segundo uma alteração à lei alemã para prevenir e controlar doenças infeciosas em humanos. Esta alteração está datada de 2 de fevereiro e refere-se especificamente ao novo coronavírus, indica o Ministério do Interior na informação divulgada no seu site sobre o novo ‘Coronavírus: perguntas e respostas’. A medida foi tomada pelo gabinete de crise convocado para controlar a doença neste país.
Com o aumento galopante de casos já se fala em isolar cidades ou vilas inteiras se estas forem afetadas pelo vírus, contudo, o ministro do interior, Horst Seehofer defendeu que este será “o último recurso”.
Isolar cidades ou vilas inteiras se elas forem afetadas pelo vírus “seria o último recurso”, disse o ministro do Interior, Horst Seehofer.
Isolado e “abandonado”
O Tagesspiegel de Berlim noticiava na quinta-feira que algumas pessoas em quarentena se sentiam “abandonadas”.
O jornal trazia o testemunho de uma mulher de 20 anos que estava desde segunda-feira fechada em casa após ter estado em contacto com uma pessoa cujo teste deu positivo para a infeção por coronavírus. Segundo contou esteve dias sem realizar o teste até, quinta-feira, um funcionário da saúde ir a casa dela “com um fato de proteção” obter uma amostra para a referida análise ser realizada.