O Reino Unido reafirma seu apoio à Guiana em confronto com a Venezuela

18/12/2023 – 18:14

O chefe das relações internacionais britânicas nos Estados Unidos, David Rutley, reafirmou, nesta segunda-feira (18), a ajuda do governo britânico à Guiana na disputa territorial com a Venezuela, durante reunião a portas fechadas em Georgetown com o presidente guianês, Irfaan Là.

“O Reino Unido está com a Guiana”, postou Rutley, subsecretário de Estado britânico para as Américas e o Caribe, na rede social X, em uma mensagem acompanhada de uma foto de um aperto de mão com Ali.

“Hoje, em Georgetown, reiterei nosso firme compromisso com a integridade territorial, a soberania e a paz regional da Guiana”, disse ele, sem mencionar a Venezuela em particular.

Na quinta-feira, Ali se reuniu em São Vicente e Granadinas com seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro, em um tête-à-tête no qual os dois governos se comprometeram a “não ameaçar ou usar a força em nenhuma circunstância”, de acordo com um comunicado conjunto.

Esse encontro aconteceu devido ao aumento da tensão pela região de Essequibo, um território de 160.000 km² rico em petróleo e recursos naturais que a Guiana administra e é reivindicado pela Venezuela.

As conversas de segunda-feira entre Ali e Rutley “se concentraram na continuidade e no aprofundamento das relações entre o Reino Unido e a Guiana, especificamente nas áreas de segurança e desenvolvimento econômico sustentável”, de acordo com um comunicado do governo guianense, que também não mencionou a Venezuela.

Maduro reagiu duramente.

“O antigo império, invasor e escravista, que ocupou ilegalmente o território da Guiana-Essequiba e agiu de forma tortuosa e desenfreada contrária aos interesses da Venezuela, insiste em intervir em uma disputa territorial que ele mesmo criou. Essa controvérsia será resolvida entre as partes”, postou o chanceler venezuelano, Yván Gil, chamando Rutley de “filibuster”.

Em 3 de dezembro, a Venezuela aprovou em referendo a criação de uma província venezuelana no Essequibo e a concessão de cidadania venezuelana a seus habitantes.

A Guiana foi ao Conselho de Segurança da ONU e anunciou contatos com “parceiros” como Estados Unidos e Reino Unido.

A Venezuela sustenta que o Essequibo faz parte de seu território, como era em 1777, quando era colônia espanhola, e invoca o Acordo de Genebra, assinado em 1966, antes da independência da Guiana do Reino Unido, que lançou as bases para um acordo negociado e anulado. Sentença Arbitral.

A Guiana, por sua vez, defende a sentença arbitral e precisa que ela seja ratificada por meio da Corte Internacional de Justiça (CIJ), cuja jurisdição sobre esse fator é identificada por meio de Caracas.

ERC/PGF/DGA/RPR/MVV

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