Economia 24 dá-lhe algumas dicas que poderá ir acrescentado à sua “lista” enquanto faz os preparativos para entrar confiante em 2020
Ainda a recuperar dos excessos do Natal? Saboreie estes dias e aproveite para se preparar para o novo ano. Faça a “lista”. Dos desejos, claro. Inclua também objetivos, realistas, que poderão ser alcançados com a ajuda de umas finanças pessoais em dia. A poupança é fundamental, quer para concretizar sonhos quer para resolver imprevistos.
A Economia 24 dá-lhe algumas dicas que poderá ir acrescentado à sua “lista” enquanto faz os preparativos para entrar confiante em 2020.
O orçamento é a base de qualquer planeamento. Aproveite um daqueles momentos em que o bebe está a dormir, as crianças entretidas e, mesmo sem filhos ou se são mais velhos, não arranje desculpas para evitar este tema. Já está a pensar nos saldos ou nos momentos com os amigos? Não será melhor que os desfrute com as contas em dia? Não entenda o momento como uma perda de tempo, mais sim como um ganho para 2020.
Identifique as despesas que tem todos os meses e como as pode reduzir e ao mesmo tempo veja como pode ir buscar receitas ao longo do ano que está quase a chegar.
Há despesas a que não pode fugir mensalmente, à partida: renda (ao banco ou ao senhorio), água, energia e telecomunicações, supermercado, combustível ou passe social e os gastos com os filhos, se existirem. Para estas despesas tem de haver dinheiro reservado. E depois há aquelas despesas que surgem, inevitavelmente, ao longo do ano: o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), para quem é proprietário; o seguro e revisão/ inspeção do carro, a ida de rotina ao médico e outros imprevistos, como um furo no pneu, uns exames médicos extra, uma ida ao dentista, o frigorífico que se avariou. Enfim… para tudo isto tem de haver dinheiro. Só depois pode pensar no resto.
Se acha que o seu rendimento não comporta tantas despesas, tem de tentar aumentá-lo com um trabalho extra. É verdade que lhe pode sair do corpo o esforço, mas, no limite, pode ser uma opção para quem quer gastar e não tem. Isto depois de procurar cortar nas despesas. Não desista já. É possível.
Se não pode fugir, o início do ano é sempre bom para rever contratos. No caso da casa, veja se está a pagar o melhor ‘spread’ – taxa cobrada pelo banco por lhe emprestar dinheiro – ao seu banco e informe-se sobre as taxas que pratica a concorrência. Pode ser vantajoso mudar de banco, mesmo que tenha alguma penalização. Se tem um gestor de conta, e confia nele, peça uma opinião. Ou então faça a sua própria pesquisa dá mais trabalho, mas pode valer a pena.
Veja também: Tome a iniciativa e vá ver se pode pagar menos ao banco pela sua casa
No que se refere aos operadores de energia e de telecomunicações, sempre vale a pena avaliar se, no primeiro caso, tem uma taxa e uma potência ajustadas ao seu consumo. Por exemplo, se às vezes você tem alguém em casa durante o dia, pode não ter sentido uma taxa por hora.
Use um simulador para ajudá-lo com esta tarefa. A entidade que gere o setor tem uma para este fim: http://www.erse.pt/pt/simuladores/Paginas/Simuladores.aspx
Avalie se está a utilizar tudo o que o pacote de telecomunicações lhe oferece e renegocie, mas cuidado com os contratos de fidelização.
Ver também: “Dor de cabeça” de fidelidade: para ser informado deve perguntar ao operador
Há n opções para seguros do carro. Convém reavaliar se a sua ainda faz sentido, consoante a idade do veículo, por exemplo. E no caso do seguro de saúde veja e se tem a melhor opção para as necessidades atuais e da sua família.
Veja também: você Sabe se está pagando a quantidade correta pelo seu seguro de saúde?
Não pague um ginásio se não vai. Tome uma decisão definitiva! O Ano Novo é bom para isso. Pagar aquele ginásio. Aquelas aulas de ioga, ou outras sem ir, é deitar dinheiro fora. Não se esqueça que pouca coisa substitui uma boa caminhada ao ar livre. Bastam cerca de 40 minutos, pelos menos três vezes por semana, a custo zero.
A comida que sobra pode dar uma nova refeição. Se for criativo, por exemplo, na Internet o que não faltam são ideias. Deitar fora é que não!
Não deixe as luzes acesas se não precisa. Ou aparelhos em stand by. Tirando o frigorífico, há raros casos de aparelhos que precisem de estar sempre ligados. É uma ótima forma de educar também as crianças. Se não tem paciência para desligar um a um, compre uma daquelas tomadas com um interruptor onde pode encaixar todas as ligações que estejam próximas.
Substitua as lâmpadas por lâmpadas mais econômicas. Você pode até aproveitar uma campanha de recuperação.
Comer aquilo que cozinha e traz de casa tem várias vantagens. Faz bem à saúde e ao bolso. Já pensou que um pequeno-almoço custa, no mínimo, dois a três euros e que um almoço nunca é inferior a 4,5 euros. Na melhor das hipóteses são sete euros por dia e 35 euros por semana. Se forem dois lá em casa são cerca de 280 euros por mês.
Se planear as refeições para a semana ou para o dia seguinte, com base nos horários que cada elemento do agregado tem, vai ver que comem todos melhor e por menos dinheiro. Sim, dá trabalho, mas é só no início. No limite é uma forma de envolver toda a família com ganhos para todos. Por exemplo, no caso dos miúdos, já pensou na diferença de custos entre um quilo de maçãs e um pacote de batatas fritas que eles levam para um lanche. A primeira opção dá para vários lanches. É saudável e no final não faz lixo nem qualquer mal ao ambiente. A segunda, não tem nada de bom.
Se os vizinhos têm seus filhos na mesma escola, por que não fazer dias de parto quebrados? É mais barato. Como também é para descobrir que trabalham na mesma área. É verdade que não é tão prático e pode não coincidir em as horas, mas se falamos de pouco tempo de espera, fazer as de matemática e ver o quanto economiza no combustível. Quem sabe também nos pedágios e o desgaste do carro.
Não saia a correr para o supermercado sem ver se é mais barato online. Se não tiver tempo, pelo menos faça uma lista. Mais uma? Sim. Ir sem lista, dá direito a comprar o que quer e o que não quer e acabar sem alguma coisa de que precisava mesmo.
A lista pode estar na porta do frigorífico ou da despensa e ir sendo acrescentada por quem acaba isto ou aquilo lá em casa.
E já agora, não se esqueças dos cupões de desconto e afins. Tudo o que encontrar no correio, em jornais, revistas boletins. Alguns retalhistas oferecem a novos clientes um desconto apenas por se inscreverem nos seus boletins informativos por e-mail. Só não se esqueça de cancelar a assinatura da newsletter depois de usar o cupão. Não deixe que os emails semanais o tentem a gastar mais.
Se está com tempo, leve a criança às compras, porque pode ser didático e, já agora, não vá às compras com fome. Compramos sempre aquilo que não precisamos, nem na despensa nem na barriga.
Poupar com um objetivo é mais fácil. Para aquela viagem, aquele fim-de-semana romântico, aquele sofá, aquele telemóvel, enfim. Não esteja totalmente descalço.
Além das despesas de que já falámos e que terá mesmo, podem surgir imprevistos. Se esteve a poupar para um objetivo já estará preparado para enfrentar melhor esse percalço.
Para fazer uma poupança é sempre bom, por exemplo, usar um frasco transparente e grande. Acredite que motiva ver as moedas e as notas a aumentarem. Se não vive sozinho é também um estímulo para os outros.
No caso da poupança poder ser maior, fale com o seu gestor de conta ou aconselhe-se com quem sabe. Os planos de poupança são uma boa opção, mas tem de escolher bem.
Veja também: Se você deseja economizar, aprenda a escolher o melhor PPR para você
Em Portugal ainda não é bem aceite, mas em muitas capitais da moda, como Londres ou Nova Iorque, é uma ótima opção para ter roupa, sapatos e outros objetos de marcas cujos preços podem ser proibitivos para a maioria das carteiras portuguesas.
Sobretudo em Portugal, já começam a surgir lojas/ mercados de roupa em segunda mão. Dispa-se de preconceitos e vá dar uma vista de olhos. Pode encontrar aquele vestido para uma festa, um móvel que fica mesmo bem lá em casa e que nunca conseguiria comprar, ou aquele equipamento desportivo de que precisava.
Se é adepto de compras online já está um passo à frente, mas mesmo assim invista algum tempo, por exemplo, no eBay ou OLX. No que toca a artigos para criança pode valer a pena. E já agora, ainda em relação aos mais pequenos, sempre a crescerem, não hesite em usar o que já foi de o filho de uma amiga, colega de trabalho, prima, enfim. Tudo conta para poupar, desde que em bom estado.
Janeiro é o paraíso para quem não se importa de comprar fora de época e tem jeito para andar atrás de pechinchas. Casacos de inverno, roupas e todo o tipo de equipamentos tendem a ser muito mais baratos após a “loucura do Natal”. Além disso, os saldos de janeiro são ideais para comprar produtos para a casa, como lençóis, roupas de cama e móveis.
Se viajar é o que mais gosta e tem pouco dinheiro, ser flexível é a palavra de ordem. Claro que com filhos em idade escolar é mais limitativo, mas, caso contrário, viajar, por exemplo, em dias como o de Natal, à noite, é mais económico. Tal como viajar durante a semana é, em regra, mais barato. E escolher três ou quatro site de reservas para lhe irem alertando para o preço mais baixo também ajuda, antes de reservar, claro. Além do mais o que não falta, hoje, são dicas de viajas em vários locais na internet. Se tiver paciência, pelos comentários e forma como abordam os temas, consegue descobrir os “mais honestos” e que o podem ajudar, mesmo, na sua escolha.
Veja também: Já planeja as férias? Viajar em família e gastar menos
Na quinta-feira, dia 2 de janeiro, a especialista em literacia financeira, Bárbara Barroso, será a convidada da Economia 24 para enriquecer ainda mais esta lista que nos tem ajudado elaborar ano após ano.
Deixe dúvidas em [email protected] ou alguma sugestão que possamos partilhar aqui, no site da TVI24 ou em direto com os espetadores, caso haja tempo.
Bom Ano e Boas escolhas de poupança!