Ibovespa aumenta queda com preocupação por coronavírus

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São Paulo —  O Ibovespa recuava nesta quinta-feira (5), após ter fechado, na véspera, no maior patamar desde a volta do carnaval, em 107.224,22 pontos. A queda segue em linha com as bolsas internacionais, que seguem sendo pressionadas pelos incertezas sobre os efeitos econômicos do coronavírus.  Às 15h13, o principal índice da B3 recuava 3,31% e ficava em 103.705,24 pontos.

Após o terceiro caso da doença confirmada no Brasil, as companhias aéreas GOL e Azul lideravam as quedas do Ibovespa, recuando 9,31% e 8,09%, respectivamente. As ações da agência de turismo CVC também ficavam entre as maiores baixas, caindo 5,86%. Na outra ponta, as ações da rede farmácias Raia Drogasil lideravam as altas do índice, subindo 3,11%. Após abrir em alta impulsionada pela troca de direção, as ações do IRB Brasil, voltaram a se desvalorizar na bolsa, caindo 10,5%.  Somente nesta semana, o ativo acumula depreciação de 48,2%.

Com mais peso no Ibovespa, os papéis da Vale e Petrobras caíam pouco mais de 2%, depois de terem registrado alta na sessão anterior, e pressionavam o índice para baixo.

“Do lado ocidental, o temor do coronavírus impacto na economia da Europa, principalmente Itália e Alemanha pesam no humor dos investidores nas bolsas de valores da região” escreveram analistas da Mirae Asset em relatório. No velho continente, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,43%. Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, ainda sentindo os efeitos do otimismo de ontem (4), quando o S&P 500 fechou subiu mais de 4%.

Para analistas da Guide Investimentos, a alta volatilidade deve se manter no mercado por algum tempo, pelo menos até o fim do estágio de disseminação do vírus. “A preocupação com a desaceleração do crescimento global continua promovendo volatilidade nos mercados e não acreditamos que haverá mudanças significativas nesta dinâmica no curto prazo”, escreveram em relatório.

No mundo, o número de infectados por coronavírus chega  a 96.793 – sendo 16.363 fora da China, segundo o site de estatísticas em tempo real Worldometers. Fora do epicentro da doença, Coréia do Sul, Irã e Itália concentram o maior número de casos, com 6.088, 3.513 e 3.089 infectados, respectivamente.

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