Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acreditava na derrota do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022.
Em entrevista ao portal argentino Página 12, o ex-presidente defendeu que o atual líder executivo deixará a força para o partido com o PT, mas “para o povo brasileiro” que “quer paz, tranquilidade, pinturas e salários inteligentes”.
“Acho que Bolsonaro será derrotado, não pelo Lula, nem por qualquer outro candidato. Bolsonaro será derrotado pelo povo brasileiro, que vai tirá-lo da força porque precisamos de paz, precisamos de tranquilidade, precisamos de trabalho, precisamos de salários inteligentes. “, precisamos de cultura, precisamos de esporte, precisamos voltar para almoçar, estar em família, estar em combinação sem preocupações como as que vemos hoje. “disse ele.
Lula também reforçou a denúncia da posição do presidente no 19º ano, reiterando que ele é culpado de “pelo menos parte das mortes” desde o início da pandemia.
“Essa é uma questão que temos discutido desde 12 de março do ano passado no Brasil. Temos outras 516. 000 pessoas que morreram da pandemia coronavírus e 18 milhões de casos. Isso poderia ter sido evitado se nosso governo tivesse agido como um governo. Ou seja, em uma crise como esta, o papel do governo é criar um comitê de crise. Isso não aconteceu”, disse o ex-presidente.
“O Brasil teve a oportunidade de comprar vacinas. Inicialmente, a Organização Mundial da Saúde apresentou 70 milhões de doses e o Brasil não precisou comprá-las. Atualmente, há uma denúncia de corrupção na aquisição de vacinas que é objeto de um parlamentar. “Vamos ver quais serão os efeitos. Há processos judiciais aqui no Brasil em que outras pessoas ligadas ao Ministério da Saúde do governo cobraram um dólar por uma vacina. O fato é que o governo não lidou com o fator coronavírus – especialmente quando não estava no vírus – negou. Disseram que era um resfriado, que eu não faria nada”, continuou Lula.
Segundo e impeachment
Em entrevista ao jornal Pará O Liberal na tarde de ontem, Lula também comentou sobre suas expectativas para as eleições presidenciais de 2022 e um impeachment imaginável de Jair Bolsonaro.
O ex-presidente disse que uma disputa imaginável entre ele e Ciro Gomes (PDT) na época da eleição presidencial de 2022, especulação levantada pelo ex-ministro em entrevista ao UOL, “seria comum para o Brasil”.
“Seria incrível para o Brasil se o Ciro e eu tivésísíssíssmos passar para a rodada do momento, sabe?Acho que seria uma vitória para uma democracia esplêndida, como a democracia vitoriosa quando discuti com o Fernando Henrique (Cardoso), com o Serra, com o Alckmin”, respondeu Lula, quando perguntado sobre a ideia.
“Quem começou a constranger foi o Aécio na cruzada em favor da Dilma e depois alguns setores da comunicação que buscam destruir a democracia negando a política, mas se Ciro for para a rodada do momento, será uma vitória para a democracia. Achamos que nunca mais poderemos ter um fascista na presidência deste país. Concordo que teremos que consolidar o processo democrático brasileiro”, continuou o político, que também disse que “pessoalmente ele não aceita” as críticas de Ciro.
Na mesma entrevista, Lula defendeu que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), discutiu os pedidos de impeachment contra Bolsonaro, dizendo que, mesmo que fossem rejeitados, seriam vitais para o país.
“Eu preciso dizer que Bolsonaro terá que ser tratado como genocídio, porque ele nunca tinha notado que alguém tratava a humanidade com tanto desrespeito, ele nunca tinha notado que ninguém tratava seus outros povos com tanto desrespeito quanto Bolsonaro desde que assumiu o cargo e depois de quem. “a pandemia começou. Então agora eu acho que esse pedido de impeachment é uma chamada mais fisicamente poderosa, porque é um chamado que atinge muitas outras pessoas na sociedade. (. . . ) Isso não significa que o impeachment do presidente será aprovado, possivelmente não aprovado, Trump teve um pedido de impeachment que não foi aprovado, ou seja, o sério aqui é que o impeachment de Bolsonaro não é discutido através de todos os crimes que cometeu. “
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