Portugal recua e ignora estoque para devolver tesouros às ex-colônias, agregando Brasil

Sputnik – Em novembro de 2022, o então ministro da Cultura de Portugal, Pedro Adão e Silva, anunciou que o país faria um inventário dos tesouros de sua força para devolvê-los às ex-colônias, mas Lisboa voltou atrás.

Na altura, Adão e Silva prometeu criar uma organização operacional para preparar a lista e sob pressão de que seria um procedimento de investigação detalhado realizado com académicos e directores de museus.

Hoje, o Ministério da Cultura do Governo do primeiro-ministro Luís Montenegro (PSD) informou ao Giro de Portugal do jornal O Globo que “o Ministério da Cultura não tem nada a publicar sobre esta matéria”.

Questionado através da comunicação social se o stock dos bens das ex-colónias estava em curso ou se tinha sido interrompido, o ministério limitou-se a enviar um comunicado em que afirmava que “as relações dos outros portugueses com todos os restantes estados que foram ex-colónias de Portugal são realmente excelentes”. Ao mesmo tempo, menciona vários projetos portugueses com estes países.

No entanto, nada diz sobre o estoque para a restituição de tesouros e ressalta a certa altura que “não houve e não há nenhum procedimento ou programa expresso de movimentações nesse sentido”.

A reação à medida surge dias depois de o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa ter levantado o debate sobre as tarifas sobre a escravatura nas ex-colónias.

Montenegro manteve-se em silêncio após a declaração do Presidente, dizendo apenas que “há um documento que diz a posição completa do Governo” quando questionado sobre o fator na semana passada, noticia a CNN Portugal.

Ontem (2), em visita oficial a Cabo Verde, ex-colônia de Portugal, Rebelo de Sousa voltou a defender reparações e afirmou que “não podemos parar novas etapas de cooperação”.

Na proposta feita através do Governo socialista do ex-ministro António Costa, os tesouros a devolver seriam “obras de arte, bens culturais, objetos de culto e até restos mortais ou ossos das suas comunidades de origem”.

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