Carros, roupas e academia: como os pais usaram milhões de dólares arrecadados para uma cruzada por seu filho com problemas de saúde

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O menino Jonatas com os pais, Renato e Aline Openkoski — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Aqui está o que sabemos e o que falta saber sobre este caso:

A cruzada foi criada em 2017 pelos pais do menino Jonatas, que sofre de atrofia muscular espinhal (AME), para arrecadar fundos para o tratamento do menino. A cruzada, que teve repercussão nacional, arrecadou cerca de R$ 3 milhões.

O falecimento foi anunciado através dos pais nas redes sociais no dia 24 de janeiro de 2022.

“Nosso grande guerreiro acordou muito bem, sorriu, bebeu seu leite e voltou a dormir. Ele dormiu eternamente devido a uma parada cardíaca”, escreveram seus pais na época.

Em janeiro de 2018, a Polícia Civil de Joinville abriu um inquérito sobre a cruzada de AME Jonatas por suspeita de peculato, a pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).   A empresa suspeitava que os pais estavam usando o dinheiro arrecadado na cruzada para comprar bens de luxo.

4. O tribunal bloqueou o círculo de valores da família?

No mesmo mês, a Justiça bloqueou os valores arrecadados por meio da campanha, ou seja, cerca de R$ 3 milhões, além de um veículo avaliado em R$ 140 mil que estava na ligação dos pais da criança.

O menino Jonatas sofria de atrofia muscular espinhal — Foto: Reprodução/NSC TV

Sim, em março de 2018, a Polícia Civil de Joinville cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa dos pais no município. Foram apreendidos diversos produtos e roupas de grandes marcas, além de um veículo de luxo.

Ainda em 2018, a Polícia Civil indiciou Renato e Aline Openkoski por peculato e peculato.

Sim, em outubro de 2022, os pais foram condenados pela Justiça de Santa Catarina, em primeiro grau, por peculato e apropriação de bens. No entanto, em março deste ano, terminou a era em que o casal só podia recorrer da condenação.

Segundo a Polícia Civil, eles foram presos nesta quarta-feira (22) em Joinville.

O delegado Rodrigo Maciel disse que a Diretoria de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCami) solicitou a prisão há dois meses. Naquela época, o prazo para obter recursos para a defesa dos parentes de Jonathan havia expirado.

Desde então, a polícia vem realizando trabalhos de inteligência e dinheiro, além de cruzadas. A investigação revelou que o casal fugiu de Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina, onde moravam. Nesta quarta-feira, os dois homens foram encontrados escondidos em um ativo no Morro do Meio, em Joinville, cidade onde a campanha AME Jonatas foi lançada em 2017.

9. O que diz a defesa?

O advogado Emanuel Stopassola, defensor dos pais, disse que “o devido processo legal, o procedimento adverso, a ampla defesa e todas as provas e recursos inerentes serão defendidos”.

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