Há exatos 25 anos, em 2 de março de 1996, os Mamonas Assassinas morreram após um acidente de avião. Bem, desde aquele dia várias imagens dos corpos carbonizados dos membros estão circulando. Cenas do jornal “Notcias Populares”, relacionadas ao Grupo Folha e que circulam em São Paulo.
As imagens publicadas através de “Notas Populares” foram tiradas através de Fernando Cavalcanti. Em artigo escrito para o país em 2018, o fotógrafo falou sobre o palco e refletiu.
Cavalcanti disse inicialmente que correu para fazer dossel o resto na madrugada do mítico fotojornalista Zé Maria, com o repórter Hélio Santos, que ouviu, através da frequência do rádio policial, comunicar de um acidente de avião que seria o dos Mamonas Assassinas.
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“No início da manhã, chegou o primeiro helicóptero da Globo, e temporariamente chegou a um acordo: a exclusividade da Globo e do helicóptero ajudaria na busca. O helicóptero pousou, um membro da equipe de busca embarcou e a polícia começou a circular os cães em um Então eu vi o movimento, tirei meu colete, enrolei a câmera com uma camisa de flanela, deixei minha mochila com o repórter e escondi na montanha”, disse o repórter gráfico.
Quando “se infiltrou” na equipe do estúdio, Fernando Cavalcanti, no entanto, controlou a abordagem dos fragmentos da aeronave e dos corpos dos músicos do Mamonas Assassinas. Os oficiais de resgate estavam mais envolvidos com a reviravolta do destino em si, então ele não se importava com o fotógrafo.
Após a Globo exercer seu direito exclusivo, os outros cães foram entregues a pinturas no local, ainda que com uma corda desostrando a região central do acidente. Fernando Cavalcanti continuou produzindo as imagens e, ao final do turno, as disponibilizou. editores, que publicaram todo o conteúdo, sem censura.
Postado na segunda-feira (a virada de destino aconteceu em uma noite de sábado e as fotos foram tiradas no domingo), o jornal “quebrou seu recorde de transmissão, postou 3 ou 4 tomadas e na terça-feira emitiu um pedido de desculpas aos seus leitores por não fazer jus ao processo. . Segundo Cavalcanti.
“Poucos dias após a virada do destino, um cidadão aparece na redação com uma mão, já em estado de decomposição, enrolado em um saco plástico. Ele foi em busca de memórias da virada do destino e finalmente descobriu sua mão. O NP estava tão marcado pela política da virada do destino que ele, em vez de apertar a mão da polícia, levou-o à redação. E o pobre Rogerinho (um dos fotógrafos da equipe), ainda tinha que gravar isso”, disse. fotojornalista acrescentou.
Por fim, em seu texto, Fernando Cavalcanti refletiu sobre os exageros cometidos neste dossel – e sobre as pinturas em geral feitas em “Notcias Populares”, jornal que fechou em 2001. “Apesar do lema do jornal de ser ‘nada além da verdade’. , o máximo de conteúdo que produzimos foi entretenimento, não jornalismo. Um dia, meu editor Flavio Florido me disse: “Você pode pensar que é uma grande piada, mas que o porteiro da construção que compra o jornal é certo que é verdade. Tenha muito cuidado “, lembra.
A publicação tinha mortos, quase pobres, na capa, bem como todo tipo de histórias peculiares, que só podem ser acompanhadas de alegações. “Nessa época, a violência nos arredores da cidade era endêmica, cada um de nós no fim de semana tivemos um novo massacre. Em outras ocasiões, não houve reclamação e as fotos dos mortos só serviram para satisfazer o interesse mórbido de nossos leitores e, claro, vender cada vez mais jornais”, disse.
Cavalcanti se abstém do dever de divulgar as imagens – “a resolução de publicar isso ou que nunca foi feita através de nenhum fotógrafo, porque nunca nos deixam influenciar na resolução do que publicar”, diz ele – mas enfatiza que “jornalismo e entretenimento são duas coisas absolutamente separadas, que terão que ser separadas com uma linha vermelha grossa”. E que essas fotos que tirei do acidente de Mamonas, ao contrário de tantas outras imagens de mortes envolvendo queixas aplicáveis, pertencem ao outro aspecto dessa linha”, concluiu.